Moradores de Santana do Seridó, distante 237 km de Natal, realizaram
um protesto, neste sábado (11), contra a construção de dois presídios no
município. O anuncio das unidades prisionais foi feito pelo governo do
estado, na última sexta-feira (10).
A Secretaria de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte (Sejuc)
informou que a construção será com recursos do Ministério da Justiça,
que vai liberar R$ 31,9 milhões para as obras. Cada uma das unidades
terá capacidade para 603 detentos.
Após tomarem conhecimento do anúncio, os moradores então decidiram
organizar um protesto. Na tarde e início da noite deste sábado, centenas
de pessoas, inclusive de cidades vizinhas, foram às ruas de Santana do Seridó, carregando cartazes e gritando palavras de ordem contra os presídios na cidade.
Novas prisões
Em janeiro, o governador Robinson Faria declarou a intenção de desativar a Penitenciária de Alcaçuz ainda este ano. Segundo ele, a construção de três novos presídios permitiria a transferência dos presos da unidade, onde um massacre deixou 26 mortos ao longo de mais de uma semana de rebeliões.
Em janeiro, o governador Robinson Faria declarou a intenção de desativar a Penitenciária de Alcaçuz ainda este ano. Segundo ele, a construção de três novos presídios permitiria a transferência dos presos da unidade, onde um massacre deixou 26 mortos ao longo de mais de uma semana de rebeliões.
“A construção de Alcaçuz naquele local foi um grande equívoco, porque é uma área de geografia turística”, afirmou Robinson.
A terceira unidade é a Cadeia Pública de Ceará-Mirim, na região
metropolitana de Natal, que já está em construção. A obra começou em
2015 e chegou a ser embargada para adequações, mas foi retomada e,
segundo o governo, deve ficar pronta em junho. A prisão terá três
pavilhões e capacidade para 603 pessoas.
Segundo o general Araújo Lima, o governo pretende criar 3.900 vagas
no sistema prisional do estado em cinco anos, mil delas até abril de
2018. A comissão para elaborar o Plano Diretor do Sistema Penitenciário
foi criada em fevereiro, depois da matança em Alcaçuz. O projeto deve
ficar pronto em abril.
G1/RN