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sábado, 4 de março de 2017

Pastor da Assembleia de Deus, preso em Joinville, matou o namorado a facadas

O pastor foragido que foi preso por assassinato na noite do último dia 15 de fevereiro, na sede da igreja Assembleia de Deus, localizada na avenida Getulio Vargas, em Joinville, participou de uma audiência de custodia na 2ª Vara Criminal de Joinville.  Edilson Turato, é acusado de matar seu companheiro, com quem mantinha um relacionamento homoafetivo.

Durante o procedimento, o juiz determinou que Edilson Turato, 44 anos, fosse mantido algemado devido a segurança deficitária do local. A audiência foi em função de que no momento da prisão, o pastor apresentou aos policiais, carteira de identidade, CPF e título de eleitor do seu irmão, Carlos Roberto Turato, já falecido.

A prisão
Os policiais que realizaram a prisão, receberam a informação da agência de inteligência 8º Batalhão da Polícia Militar sobre a localização de Edilson, que possuía um mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de São Vicente/SP pelo crime de homicídio qualificado. Ele foi condenado a 12 anos de prisão por um Tribunal do Júri, realizado em 2012, e desde então, estava foragido da justiça paulista.

Não se afastou da delinquência
A defesa de Edilson requereu ao juiz, a liberdade provisória, a qual, foi negada pelo magistrado. “A prisão provisória justifica-se para assegurar o cumprimento da lei penal na medida que o acusado praticou o crime justamente para se eximir da responsabilidade penal por outro fato (homicídio). Além do mais, o indiciado é reincidente em crime doloso contra a vida  e estava foragido desde 03/09/2012, revelando que a condenação anterior não serviu para afastá-lo da delinquência. Converte-se, pois, a prisão em flagrante em prisão preventiva.”, determinou o juiz.

O assassinato
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o crime aconteceu na noite do dia 15 de janeiro de 1997, em São Vicente, no Litoral Paulista, na casa onde vivia o casal.  Segundo relato do próprio pastor a justiça paulista, o relacionamento homossexual com seu  companheiro, Marco Antonio Gomes, era conturbado devido ao excessivo ciúme de Marco e o constante uso de drogas do pastor. Edilson turato alegou legitima defesa, porém, a tese foi rejeitada por unanimidade pelos jurados. “Aproveitando-se da embriaguez da vítima e com emprego de meio cruel e surpresa, desferiu um golpe com uma garrafa na cabeça e na sequência desferiu vários golpes de faca contra Marcos Antonio Gomes, causando-lhe ferimentos na cabeça, tórax, abdômen, região dorsolombar e membros superiores”, observou a justiça de São Paulo.

A versão da Assembleia de Deus
A igreja Assembleia de Deus emitiu nota alegando que Edilson Turato não era pastor e apenas freqüentava o local. “Diante do fato do envolvimento do nome da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Joinville, quando da prisão do Sr Edilson Turato, dizendo ser pastor da mesma, queremos esclarecer que:  O Sr Edilson Turato não é membro e nem tem vínculo nenhum com a IEADJO. Outro porque, se tenta vincular é, pelo fato dele estar no estacionamento da IEADJO na hora de sua prisão, quando o mesmo chegava para assistir ao culto, assim como fazem centenas de pessoas todos os dias. A Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Joinville está isenta de qualquer responsabilidade sobre o ocorrido com Sr Edilson Turato”,alegou a assessoria de imprensa da Assembleia de Deus.

No entanto, após a notícia ser publicada, vários vídeos, fotos e comentários fragilizaram a versão apresentada pela Assembleia de Deus. Em muitas imagens publicadas na rede mundial de computadores, o pastor aparecia em lugar de destaque na igreja e em vídeos ele  é anunciado com pastor.

Gazeta de Joinville

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