O papa Francisco denunciou a perseguição “atroz, desumana e
inexplicável” que sofrem atualmente os cristãos e as minorias em algumas
partes do mundo. Ele estimulou a comunidade internacional a intervir
para reverter esta situação, informou hoje (6) o Vaticano.
As
palavras do papa constam de mensagem dirigida à Igreja Católica da
Jordânia, que será entregue pelo secretário da conferência episcopal
italiana, Nunzio Galantino, durante visita à Jordânia, que ocorre de
hoje a domingo (9).
Na carta, o pontífice critica “as
perseguições atrozes, desumanas e inexplicáveis registadas em muitas
partes do mundo, especialmente [as sofridas pelos] cristãos”. Francisco
qualificou as pessoas perseguidas de “mártires dos tempos modernos,
humilhados e discriminados por causa da fidelidade ao Evangelho”.
Esses
fiéis “são vítimas do fanatismo e da intolerância, muitas vezes sob os
olhos e o silêncio de todos", prosseguiu o papa, que denuncia
regularmente as perseguições de que são vítimas os cristãos, não apenas
os católicos, em todo o mundo, em particular no Médio Oriente.
"Renovo
minha esperança de que a comunidade internacional não vai assistir em
silêncio e inerte face a um crime tão inaceitável”, reforçou Francisco.
Nunzio
Galantino vai à Jordânia para acompanhar a ajuda fornecida pela igreja
italiana aos refugiados que vivem naquele país. A Jordânia é um dos
principais países de acolhimento de refugiados oriundos da Síria, onde a
guerra deixou milhões desabrigados. Em junho, existiam 629 mil
refugiados sírios registados na Jordânia, a maioria fora dos campos de
refugiados, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Refugiados.
Da Agência Lusa