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domingo, 23 de agosto de 2015

Pesquisa revela que o Rio Grande do Norte lidera ranking de obesidade no Nordeste

Consumo excessivo de açúcar e gordura está como o grande vilão na luta contra obesidade
 Um dos estudos mais atuais sobre o problema da obesidade no Brasil aponta o Rio Grande do Norte como o Estado recordista na região Nordeste com pessoas obesas ou com sobrepeso. A Síntese de Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), relativa ao ano de 2013, mostra que 58,3% dos norte-rio-grandenses tinham, na época da pesquisa, excesso de peso, enquanto 21,1% eram considerados obesos, o que colocava o Estado em 8º e 12º lugares no ranking nacional nas duas categorias pesquisadas (excesso de peso e obesidade).

Segundo o estudo, as mulheres potiguares apresentam o dobro da circunferência da cintura dos homens com 23,6% contra 56,6%. Os índices ideais são de 102 centímetros abaixo para os homens e de igual ou menor a 88 centímetros para as mulheres. Com isto 25,1% da população feminina do Estado é considerada obesa, contra 16,6% dos homens.

Na lista de vilões deste grave problema estão o excesso de consumo de açúcar e gordura e as principais vítimas são as crianças, também incluídas no estudo. O Ministério da Saúde aponta que 60,8% das crianças com menos de dois anos, neste caso em todo o país, consomem biscoitos, bolachas e bolos, além de refrigerantes e sucos artificiais.
A Pesquisa Nacional de Saúde foi realizada entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014 em 64 mil residências de 1.600 cidades brasileiras e é, no momento, considerado o mais completo estudo sobre saúde no país.

Em recente entrevista, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, comentou o problema da obesidade no Brasil: "O excesso de peso é um problema grave, porque é um fator de risco para doenças do coração e outros problemas crônicos. É fundamental trabalharmos o incentivo à prática de exercícios e alimentação saudável desde cedo com as nossas crianças para reverter esse quadro. As crianças, muitas vezes, ajudam na conscientização e mudança de hábito dos pais".

Números são considerados razoáveis em Mossoró, mas ainda podem diminuir
Em Mossoró, o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional está passando por um processo de atualização, mas a supervisora da Política de Alimentação e Nutrição, Ivana Moraes, apresentou os números mais atuais sobre a obesidade em Mossoró e considera que os números são aceitáveis, mas que podem diminuir.

Segundo Ivana, no último levantamento realizado, Mossoró contava com 7% considerada de baixo peso; 35% consideradas adequadas e 35% com sobrepeso. Somente 23% da população avaliada foi considerada obesa na cidade.

"São números considerados razoáveis, mas não são os números ideais. Precisamos melhorar e para isto temos contado com o apoio dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, que tem orientado casos mais extremos", informa a supervisora, que também deu dicas de como ter um melhor controle dos índices de obesidade: "É preciso diminuir o consumo de alimentos industrializados. Trocar pelas frutas frescas, valorizar a nossa alimentação tradicional."

Ivana sugeriu ainda que a população deve procurar preparar seus próprios alimentos, diminuindo o uso de óleos, gordura, sal e açúcar e também optar pelo uso de temperos naturais.



O Mossoroense

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