O juiz Sérgio Moro, responsável
pelas investigações da Operação Lava jato, disse que as novas prisões
determinadas por ele são um “remédio amargo” para coibir a continuidade dos
casos de corrupção na Petrobras. A afirmação está na decisão na qual Moro atendeu
ao pedido da Polícia Federal e determinou a prisão de 18 investigados, a
maioria deles ligados a empreiteiras.
No despacho, o juiz citou declarações da presidenta Dilma Rousseff (PT) e do senador Aécio Neves (PSDB), que, durante o período eleitoral, defenderam o prosseguimento das investigações e a importância da punição aos acusados.
No despacho, o juiz citou declarações da presidenta Dilma Rousseff (PT) e do senador Aécio Neves (PSDB), que, durante o período eleitoral, defenderam o prosseguimento das investigações e a importância da punição aos acusados.
“Os
apelos provenientes de duas das mais altas autoridades políticas do país, e que
se encontram em campos políticos opostos, confirmam a necessidade de uma
resposta institucional imediata para coibir a continuidade do ciclo delitivo
descoberto pelas investigações, tornando inevitável o remédio amargo, ou seja,
a prisão cautelar”, disse o juiz.
Para justificar a decretação das prisões dos executivos das empreiteiras, o juiz alegou risco a ordem pública e à investigação. Segundo Moro, sem a medida não seria possível evitar interferências na obtenção de provas e fugas para o exterior.
Para justificar a decretação das prisões dos executivos das empreiteiras, o juiz alegou risco a ordem pública e à investigação. Segundo Moro, sem a medida não seria possível evitar interferências na obtenção de provas e fugas para o exterior.
“Com o
poder econômico de que dispõem, o risco de prejudicarem as investigações e a
instrução ou de obstruírem o processo através da produção de provas falsas ou
da cooptação de testemunhas e mesmo de agentes públicos envolvidos de alguma
forma no processo é real e imediato”, concluiu.
Portal da Band