Meteorologistas de vários estados do Nordeste estiveram
reunidos, no início desta semana, na Agência Executiva de Gestão das Águas do
Estado da Paraíba (Aesa), em Campina Grande (PB), analisando dados
climatológicos com o objetivo de elaborar a previsão do tempo para o primeiro
trimestre de 2013 no setor norte da região Nordeste.
A previsão, segundo o meteorologista José Espínola, professor
da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), não é muito animadora.
"O relatório final do evento aponta 40% de chances de termos chuvas abaixo
da média, 35% de chuvas em torno da média e 25% de chuvas acima da média. Então
a previsão é de um inverno de médio a abaixo de médio para a nossa
região", explica o meteorologista.
No entanto, José Espínola afirma que o período chuvoso, que
vai de fevereiro a maio, ainda está distante e a previsão pode mudar. "É
preciso ter muito cuidado com essa primeira previsão porque a probabilidade de
acerto é baixa, já que muita coisa pode mudar. No próximo mês, os
meteorologistas irão se reunir no Ceará, e nós vamos corrigindo e melhorando a
previsão. Em fevereiro, a reunião será no Rio Grande do Norte e a previsão será
bem mais confiável", comenta o meteorologista.
Apesar de a previsão não ser muito otimista, o professor da
Ufersa destaca que ela já foi pior. "Há um mês, a previsão climática para
a região estava bem pior, então a esperança é que melhore. Apesar da previsão,
não acreditamos que o ano será tão seco quanto 2012, quando tivemos uma das
piores secas dos últimos cem anos", revela José Espínola.
Para a primeira previsão oficial, os meteorologistas
interpretaram fenômenos como a circulação dos ventos na atmosfera, temperatura
das águas dos oceanos, Zona de Convergência do Atlântico Sul, El Niño e La
Niña. Eles também usaram modelos matemáticos calculados em supercomputadores
para traçar cenários, contando ainda com a ajuda de imagens de satélite.
*Fonte: Jornal O Mossoroense
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