O
Grupo de Trabalho Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) esteve reunido em Brasília nos dias 12 e 13 de dezembro,
para avaliar os trabalhos desenvolvidos em 2012 e planejar ações para
2013.
Participam
do grupo de trabalho a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Pastoral da
Mulher Marginalizada, a Comissão Brasileira Justiça e Paz, a Rede Um
Grito pela Vida – vinculada à Conferência dos Religiosos do Brasil
(CRB), o setor de Mobilidade Humana e a Comissão Episcopal Pastoral para
o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz.
O
assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e a
Paz, padre Ari Antônio dos Reis, destacou duas atividades importantes
realizadas pelo grupo de trabalho durante o ano de 2012.
“Acredito
que nós avançamos e caminhamos bastante. Sobretudo pela unificação dos
GTs, que foram unidos por conta do aspecto da afinidade entre eles, o
que foi muito importante, e também pela aprovação da Campanha da
Fraternidade 2014 que vai tratar do tráfico humano. Essas duas
conquistas são valiosas, além de todo processo formativo que nós ainda
estamos levando à frente nas dioceses e nos regionais, ampliando a
conscientização das informações sobre a realidade do tráfico de pessoas,
e trabalho escravo”.
Para
o próximo ano, foram organizadas atividades e linhas de ação para a
articulação e a preparação da Campanha da Fraternidade de 2014.
Entre
os temas do grupo, a reflexão sobre o trabalho escravo e o tráfico de
pessoas para exploração sexual e outras finalidades e modalidades.
Relatório
do Ministério da Justiça, em parceria com o Escritório das Nações
Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), informou que entre os anos de 2005 e
2011, ao menos, 475 pessoas foram vítimas do tráfico humano, entre
essas, 337 também foram vítimas de exploração sexual e 135 submetidas ao
trabalho escravo.
“Nós
estamos lidando com uma questão grave, que viola e maltrata milhões de
pessoas. Tanto no trabalho escravo, quanto na exploração sexual de
crianças, adolescentes, e mulheres, cujas pesquisas não dão conta da
infinidade dos dados. O GT articulando as forças afins tem sido um
instrumento muito bom, com incidência concreta nos regionais, nas
dioceses e nas comunidades”, esclareceu Irmã Eurides.
Redação Portal A12
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