O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pediu o
arquivamento, por falta de provas, do inquérito sobre as acusações de estupro e
agressão feitas pela modelo Najila de Souza contra o jogador Neymar Júnior. O
arquivamento da investigação agora depende de uma decisão judicial da Vara de
Violência Doméstica, que deve ser tomada em cinco dias.
“Decidimos pelo arquivamento do processo por não haver provas
suficientes do que foi alegado pela vítima protegida. É importante deixar claro
que o arquivamento do inquérito policial não implica em absolvição do acusado.
Isso porque, com o arquivamento por falta de provas, o inquérito
policial pode ser reaberto a qualquer momento, desde que surjam novas provas”,
disse a promotora de Justiça Flávia Merlini, da área de Enfrentamento de
Violência Doméstica.
De acordo com o MP-SP, os exames feitos pelo Instituto Médico Legado
(IML) não apontaram nenhum tipo de lesão em Najila, com exceção de um ferimento
no dedo. “O MP entendeu que a agressão narrada pela vítima fazia parte de um
contexto. Das provas analisadas, não se apurou o que seria um crime [de
agressão] a ser apurado à parte. Mesmo porque todos os laudos oficiais feitos
pelo IML não constataram nenhuma lesão corporal na vítima, a não ser no dedo”,
explicou a promotora.
Flávia Merlini ressaltou que a denúncia da modelo foi enfraquecida em razão
de Najila não ter entregue à Justiça o aparelho celular no qual ela dizia ter
provas do estupro. “Ela mencionou o tempo todo que as provas que tinha dos
fatos que noticiou estavam nessas filmagens do celular dela, só que esse
celular ela se negou a entregar em um primeiro momento e, num segundo momento,
ela disse que tinha desaparecido”.
No último dia 29, a delegada Juliana Lopes Bussacos, titular da 6ª
Delegacia de Defesa da Mulher, encerrou as investigações sobre as acusações de
estupro e agressão feitas pela modelo Najila de Souza contra Neymar Júnior. A
polícia decidiu não indiciar o jogador pelos supostos crimes.
Agencia Brasil
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