Indústria de café 3 Corações espera registrar neste ano um faturamento de R$ 3,2 bilhões. Se a expectativa for confirmada, será um crescimento em relação ao valor registrado em 2015, que foi de R$ 2,9 bilhões. A expectativa é de elevar as vendas de 148 mil para 150 mil toneladas de café, de acordo com o presidente da Companhia, Pedro Lima. Ele participou, nesta semana, do Seminário Internacional do Café, promovido pela Associação Comercial de Santos, no Guarujá, litoral paulista.
Apesar do prognóstico otimista, Lima disse que o consumidor tem sido cauteloso, olhando especialmente para o preço do produto no momento da escolha. Tanto que a empresa tem percebido um crescimento nas vendas de suas marcas mais baratas.
“O que a gente tem feito é manter as nossas marcas que tem um amplo relacionamento com o consumidor dentro de uma margem que ele pode pagar para não trocar”, disse ele. “Qualidade tem um preço. Se carrega a mão demais no preço, corre o risco do consumidor mudar”, acrescentou.
O presidente da 3 Corações disse ainda que o consumo de café tem crescido em um ritmo lento, mas sem rejeição à bebida. Com base em números da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), informou que, atualmente, cada brasileiro consome por ano 4,9 quilos, em média. Acrescentou que a demanda está cada vez mais exigente de qualidade e novidades no mercado, o que requer da indústria cada vez mais a busca por inovação.
“Hoje, todo mundo aprova o consumo de café. O que nós temos é que fazer bem feito porque se não fizer, que vai sair do mercado somos nós”, defendeu o empresário. “Não há substituto, mas o consumidor quer novidade. Ele quer saber de onde vem o grão, quer entender de café. O mercado brasileiro quer qualidade e temos que discutir sempre esse assunto”, acrescentou.
Mercado internacional.
“A Iguaçú tem um braço no Chile, um braço na Bolívia e outro no Uruguai. Através dessa plataforma, queremos começar a trabalhar esses outros países”, afirmou o empresário.
Revista Globo Rural