Mariana Tassi Barbosa, 28, recebeu neste mês a última parcela do
seguro-desemprego. A analista de mídias sociais, que está sem trabalho
há oito meses, vinha usando o benefício para pagar prestações do
apartamento que comprou com o noivo.
"Estou quase aceitando ganhar menos do que antes", diz ela, que achava que já estaria empregada a esta hora.
À
medida que o desemprego avança, piora a situação dos que perdem o
direito ao benefício pago pelo governo, válido por até cinco meses (veja
quadro).
Além de Barbosa, outras 542,4 mil pessoas receberam a
última parcela do benefício neste mês. Desde o começo do ano, já foram
2,862 milhões, número 8% superior ao do mesmo período de 2015 (2,650
milhões), segundo o Ministério do Trabalho.
Ao mesmo tempo, fica
mais difícil conseguir uma recolocação num momento em que a economia
brasileira está fechando vagas em proporção maior que abrindo novas.
Em abril, pelo 13º mês seguido, o mercado de trabalho formal encerrou 62.844 postos de trabalho.
ESPERA RECORDE
De
acordo com o IBGE, 30,9% dos desocupados nas seis principais regiões
metropolitanas do país em fevereiro estavam fora do mercado de trabalho
havia mais de seis meses. Trata-se do maior índice para o mês desde
2006.
O seguro, com valor máximo de R$ 1.542, é em geral usado para despesas mais básicas, como as de alimentação e remédios.
"Ele
já é usado no básico. Quando acaba, nem isso eu consigo manter. Carro e
geladeira dá para postergar. Arroz, feijão e remédio, não dá", afirma
Fabio Pina, assessor econômico da FecomercioSP.
Entre os
profissionais entrevistados pela Folha, vários demonstraram surpresa
pela duração do desemprego: mesmo com a crise, não achavam que levariam
tanto tempo para se recolocar.
"Não imaginava que ia ser tão
difícil. Minha área não é tão concorrida", diz a técnica em
biblioteconomia Aline da Silva, 26, desempregada há quase dez meses e
ainda recebendo o seguro-desemprego, que representa metade do que
ganhava antes.
A técnica já fez ajustes nas contas: a filha de um ano e oito meses foi para uma creche pública, por exemplo.
Ela
desistiu de procurar vaga formal: está assessorando o cunhado, que tem
um grupo de corrida, e vendendo almofadas personalizadas.
CICLO EM PROGRESSO
Para
Pina, é difícil afirmar com precisão em que etapa do ciclo de
desemprego o país está hoje. O número de beneficiários do seguro ainda
pode variar muito conforme a evolução das demissões, das mudanças dos
requisitos adotados para a concessão e do próprio caixa do governo.
A
tendência, entretanto, é que os profissionais fiquem mais tempo fora do
mercado. As seleções estão demorando mais –as empresas têm mais opções
e, ao mesmo tempo, mais receio de errar na contratação.
"Tenho
executivos que estão há quatro, cinco meses, em um mesmo processo
seletivo", diz Claudia Monari, diretora de outplacement da consultoria
Career Center, especializada em recolocação.
Katia Beltrão é
formada em economia, tem pós-graduação em marketing e trabalha há mais
de 20 anos na indústria farmacêutica. Há sete meses, foi demitida de um
cargo de diretoria e, apesar de ter um bom planejamento financeiro, teve
de reduzir o nível de consumo.
"Você elimina as despesas
supérfluas, a academia fora do prédio, reduz o pacote de pacote de
telefone, a frequência a restaurantes", conta ela.
Beltrão tem
consciência de que, para o seu nível hierárquico, a espera tende a ser
maior. "Quando você vai contratar um diretor, há várias etapas,
entrevistas. Até falar com todo mundo, é normal que demore um pouco
mais."
Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas
Públicas do Insper, afirma que ficar desempregado por até seis meses é
normal, mesmo em épocas de crescimento econômico. Porém os motivos são
distintos: na bonança, é mais comum que a rotatividade seja causada por
uma busca de melhores oportunidades. Agora, trata-se de necessidade.
Monari,
da Career Center, diz que, durante seleções, os candidatos devem "criar
uma narrativa" a respeito do que estão fazendo no período de desemprego
e como estão se atualizando –cursos on-line gratuitos, ações para
aumentar a rede de contato etc.
"Aos olhos dos recrutadores, não é
grave ficar mais tempo fora do mercado em um momento de crise. O
problema é quando o mercado está favorável e a pessoa não consegue se
recolocar."
Fonte: Folha de S. Paulo
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