Intolerância religiosa em Pau dos Ferros?

Oras, vejam só... 

Em Pau dos Ferros a simples oficialização por parte da Câmara Municipal do "Dia do Evangélico", data comemorativa que não imporá nenhum tipo de ônus ao Município, teria despertado a IRA nos intramuros do império religioso católico desta "província".

Pelo que dizem, o representante local da Igreja Católica Romana não gostou nadinha da ideia e até insinuou agir com retaliação como forma de punir os edis "hereges".

Vale salientar que o vereador autor do Projeto de Lei (Gilson Rego) é católico por convicção e os outros parlamentares que votaram de forma favorável à matéria (Antônio Avelino e Manoel Florêncio) também são. No caso de Florêncio a responsabilidade foi ainda maior, já que uma de suas irmãs desempenha exemplarmente seu ofício como freira no Patronato Alfredo Fernandes.

Ainda segundo informações, as alegações públicas do pároco local de que os parlamentares deveriam gastar mais tempo votando em projetos mais importantes para os pau-ferrenses não passam de "cortina de fumaça" para esconder outras preocupações nem um pouco coletivas: Deter o avanço do Protestantismo por essas bandas.

Mesmo sem querer entrar no mérito dessa questiúncula, sinto-me obrigado a escrever que atitudes isoladas como essa, que incentivam a prática da intolerância religiosa, são desnecessárias no atual momento que o país atravessa, onde muitos vão às ruas cobrar justamente o que, pelo visto, anda faltando e muito por essas bandas, ou seja, respeito à pluralidade de pensamentos.

Então, aconselho a todos cristãos (católicos ou protestantes) a se empenharam exclusivamente em suas atividades eclesiásticas, ao invés de tentarem promover uma "Guerra Santa" em Pau dos Ferros. 

Somos todos irmãos e teremos o mesmo julgador para nossas ações após a morte e que me perdoem os ateus que não concordam. Democracia é isso!

 

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