Tradicionalmente, o período de chuvas no Ceará ocorre de fevereiro a maio, que neste ano foi escasso. Em junho, porém, estão sendo registradas frequentes chuvas em Fortaleza e outros municípios. Daí, a necessidade de manter os cuidados com a gripe, aumentando a prevenção contra o vírus influenza A (H1N1), bem como dos outros tipos de vírus da gripe. As recomendações são: lavar as mãos constantemente, evitar por as mãos na boca e nos olhos, evitar aglomerações em ambientes fechados, proteger a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, usar lenço descartável, limpar sempre as superfícies de mesas, telefones, maçanetas e outros móveis e objetos de uso coletivo, bem como ficar atento ao surgimento de casos da doença na comunidade, em ambientes de trabalho ou na escola. Este ano o Ceará imunizou 1,1 milhão de pessoas durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, com cobertura de 86,6% do público-alvo, além de religiosos voluntários e peregrinos que irão ao Rio de Janeiro, participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2013) e voluntários que trabalham na Copa das Confederações.
A influenza pode ser transmitida de forma direta, através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar, ou tossir, e, de forma indireta, por meio das mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem levar o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos. Nos adultos, o período é de sete dias após o aparecimento dos sintomas, enquanto em crianças este período vai de dois dias antes até 14 dias após o início dos sintomas. Fora do organismo, o vírus resiste de 24 horas a 72 horas.
Cuidados devem ser tomados também ao frequentar serviços de alimentação, tais como restaurantes, lanchonetes, bares e cantinas escolares. A primeira medida e a mais importante é lavar as mãos, principalmente antes de consumir algum alimento. Alguns micróbios vivem por algumas horas em superfícies como mesas de restaurantes, de cafeterias e maçanetas de portas. Portanto, evite tocá-las desnecessariamente. Evite também tocar os olhos, boca e nariz após contato com essas superfícies e não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos e copos. Beba muito líquido e prefira alimentos nutritivos.
Além disso, não fale, cante, tussa, assovie ou espirre sobre os alimentos. Prefira os serviços de alimentação que sejam bem arejados e que não tenham aglomerações de pessoas. Evite também bebedouros públicos. O recomendado é que cada pessoa utilize copo ou garrafa plástica de uso pessoal. É importante que os bebedouros sejam higienizados com muita freqüência. Em caso de dúvida sobre a periodicidade da higienização, evite tomar água diretamente dos bebedouros.
Se, mesmo com todas as precauções, o indivíduo adoecer, a nova recomendação do Ministério da Saúde aos serviços e profissionais de saúde, constante do Protocolo de Tratamento de Influenza 2013, é iniciar imediatamente a medicação para indivíduos com condições e fatores de risco para complicações, com uso do Tamiflu, mesmo antes da confirmação laboratorial. Pessoas com Síndrome Gripal (SG) apresentam febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de outro diagnóstico específico. Em crianças com menos de dois anos de idade, considera-se também como caso de síndrome gripal: febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro diagnóstico específico.
São consideradas condições e fatores de risco para complicações as pessoas transplantadas, pacientes com câncer, em tratamento para Aids ou em uso de medicação imunossupressora, portadores de condições crônicas, hemoglobinopatia, problemas cardiovasculares, pneumopatias, insuficiência hepática, doenças renais crônicas, doenças neurológicas, doenças metabólicas (diabetes mellitus e obesidade grau III ou seja, com Índice de Massa Corporal maior ou igual a 40), crianças menores de 2 anos e idosos acima de 60 anos, gestantes e puérperas, portadores de doença genética, como Síndrome de Down e indígenas aldeados.
De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado no dia 20 de junho, o Ceará notificou este ano 294 casos de influenza no Estado e confirmou 94. Foram registrados nove óbitos, oito deles por influenza A (H1N1) e um por influenza A (H3N2).
Assessoria de Comunicação da Sesa
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