Porta-voz da China fala sobre mensagem do Papa Francisco

Em resposta ao pronunciamento do Papa Francisco na catequese da última quarta-feira (22) o porta-voz chinês, Hong Lei declarou que o país “protege a liberdade religiosa”.

O Papa Francisco na quarta-feira, durante a Audiência Geral na Praça de São Pedro pediu aos católicos de todo o mundo para “unir-se em oração” com os irmãos da China para “implorar a Deus a graça de anunciar com humildade e com alegria Cristo morto e ressuscitado, de serem fiéis à sua Igreja e ao sucessor de Pedro”. O Pontífice fez votos de que os católicos chineses pudessem viver de “modo coerente com a fé que professam”.

A China é um dos países que não mantém relações diplomáticas com o Vaticano. Hoje (24) é comemorado o Dia de Oração pela China instituído pelo papa emérito Bento XVI em 2007.

Em uma coletiva o porta-voz do Ministério dos Assuntos Exteriores da China, Hong Lei, disse que o país sempre foi sincero “no seu desejo em melhorar as relações com o Vaticano e fez esforços positivos neste sentido”.

O porta-voz disse ainda que o Governo chinês “apoia o papel desempenhado por figuras religiosas e por fiéis na promoção do desenvolvimento econômico e social”, porém insistiu que “a tradição na Igreja Católica do país asiático é gerir seus assuntos de forma independente”. Ele finalizou sua palavra dizendo que espera que o “Vaticano crie condições favoráveis para a melhoria nas relações diplomáticas”.

O país asiático com uma população de 1,3 bilhão de pessoas tem entre 8 e 12 milhões de católicos, que se dividem entre a Associação Patriótica da China (APC), controlada pelo governo e os que vivem ligados à Roma, que sofrem algum tipo de perseguição do regime comunista.

Para estabelecer melhores condições diplomáticas com o Vaticano o país asiático quer que a Igreja deixe de reconhecer Taiwan como país independente e aceite a nomeação de bispos chineses pela APC.

 Informações: CNBB

Redação Portal A12