O
julgamento do processo sobre corrupção na Fifa teve um dia repleto de
planilhas no Tribunal Federal do Brooklyn nos Estados Unidos, nesta
quinta-feira. Os advogados de defesa questionaram Eladio Rodrigues,
testemunha e ex-funcionário da empresa argentina Torneos y Competencias
(TyC), que assumiu na quarta-feira ter sido responsável pelo pagamento
de propinas a diversos dirigentes. Durante o depoimento, um pagamento de
US$ 1 milhão a um ex-funcionário da TV Globo, Marcelo Campos Pinto,
apareceu numa das planilhas apresentadas.
A
defesa do ex-presidente da CBF José Maria Marin tentou mais uma vez
convencer os jurados do “Caso Fifa” que era Marco Polo Del Nero, e não
ele, o destinatário de propinas pagas por empresas de marketing
esportivo. Na véspera, o delator argentino Eladio Rodriguez havia
afirmado ter pago propinas no valor de US$ 4,8 milhões para Marin e Del
Nero, que em troca do dinheiro beneficiariam a empresa Torneos em
contratos da Copa América, da Copa Libertadores e da Copa Sul-americana.
O
advogado Jim Mitchell, que defende Marin, exibiu três documentos
inéditos para tentar provar que era Del Nero – sucessor de Marin e atual
presidente da CBF – quem recebeu o dinheiro. Um desses documentos era
um e-mail enviado por Eladio Rodríguez a ele próprio no dia 6 de junho
de 2013, com uma lista de tarefas a cumprir.
O Globo