A
Justiça do Rio Grande do Norte determinou o andamento do concurso para
agente penitenciário do Estado, em decisão proferida nesta quinta-feira
(30) pelo juiz Geraldo Antônio da Mota. A determinação é resultado de um
recurso do Ministério Público Estadual, que pediu o prosseguimento ao
certame.
O
Tribunal de Contas do Estado havia suspendido o processo do concurso,
que já estava em curso. Os motivos alegados pelo TCE foram falhas no
edital. Além disso, o Tribunal de Contas também destacou que o Governo
do Estado não observou a Lei de Responsabilidade Fiscal para mensurar o
impacto dos novos servidores na folha, bem como de onde tiraria os
recursos para arcar com os salários deles.
O
magistrado Geraldo Mota, no entanto, contra-argumenta os apontamentos
do TCE e fala da necessidade de estruturação do sistema penitenciário do
Rio Grande do Norte. “Claro que medidas administrativas que digam
respeito ao atendimento das regras para realização do concurso público
podem, e devem, ser apontadas ao longo da realização do certame, sem,
contudo, sobrestar as etapas predefinidas em sentença judicial
homologatória. Sob tal perspectiva, o Poder Executivo está adotando
todas as exigências necessárias ao ajuste de contas determinado pelo
TCE, conforme se vê nas informações prestadas pelo Sr. Secretário
Estadual de Planejamento e das Finanças”, disse Mota em sua decisão
Para
Geraldo Mota, o colapso do sistema de segurança do Estado deve ser
pensado como prioridade. “Ainda, a par do posicionamento do c. TCE, vejo
que há necessidade do Poder Executivo estruturar seu sistema de
segurança, considerando, por exemplo, as situações de substituição e
reposição em cargos vagos, sem o qual, entrará em absoluto colapso”,
alega o magistrado. *
G1 RN