Até a semana epidemiológica n° 14,
terminada em 09 de abril de 2016, foram notificados 38.453 casos
suspeitos de dengue, o que representa uma incidência de 1.191,16/100.000
hab.
O comparativo com o mesmo período de 2015, quando foram
notificados 16.017 casos suspeitos e incidência de 496,16/100.000 hab,
mostra um aumento importante no panorama da doença.
Dos casos notificados 2.829 (7,36%) foram
confirmados, 2.773 para dengue, 47 como dengue com sinais de alarme e 9
como dengue grave. Em 2015 no mesmo período foram confirmados
3.601(22,48%), para dengue foram 3.567, dengue com sinais de alarme
foram 29 e 5 como dengue grave.
Em relação à incidência da doença nos
municípios, o boletim mostra que em 2016, 102 municípios apresentam uma
alta incidência acumulada de dengue, que são municípios que notificaram
mais de 300 casos da doença por 100.000 habitantes. 33 (19,8%) com
média incidência, 26 (15,6%) com baixa incidência e 6 municípios (3,6%)
estão silenciosos, ou seja, não notificaram nenhum caso suspeito de
dengue nesse período.
A incidência silenciosa aponta uma
subnotificação de casos suspeitos e indica necessidade de sensibilizar
os profissionais de saúde para a responsabilidade de notificarem todos
os atendimentos que se enquadrarem na definição de caso suspeito para
dengue definido pelo Ministério da Saúde, que é “pessoa que viva ou
tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo dengue
ou que tenha a presença de Ae. Aegypti que apresente febre, usualmente
entre 2 a 7 dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações:
náuseas, vômitos, exantemas, mialgias, artralgia, cefaleia, dor
retroorbital, petéquias ou prova do laço positiva e leucopenia.”
Em 2016 foram notificados 84 óbitos,
destes, dois foram confirmados para dengue grave, três foram descartados
e os demais estão em investigação. Em 2015 foram notificados 13 óbitos,
o que representa um aumento de 546% no número de óbitos notificados.