O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), disse na tarde desta sexta-feira (14) que o ministro da Economia,
Paulo Guedes, "está gerando uma crise desnecessária" e que o governo
Bolsonaro virou uma "usina de crises".
"Hoje, infelizmente, é meu
amigo Paulo Guedes gerando uma crise desnecessária", afirmou Maia à
GloboNews, após participar em São Paulo de um seminário sobre o cenário
político-econômico do país. "A vida inteira o ministro da Economia sempre
foi o bombeiro das crises. Agora o bombeiro vai ser a Câmara. Nós não vamos dar
bola para o ministro Paulo Guedes com as agressões que ele fez agora ao parlamento."
Maia disse que blindou a reforma
da Previdência de crises que são geradas pelo governo. "Nós queremos
deixar claro que essa usina de crises que se tornou nos últimos meses o governo
não vai chegar à Câmara. Nós vamos blindar a Câmara."
Pela manhã, Guedes criticou as
mudanças propostas pelo relator Samuel Moreira, do PSDB, no projeto de reforma
da Previdência na Câmara dos Deputados.
Ele atribuiu as modificações a
"pressões corporativas" e ao "lobby de servidores do
Legislativo". "Eu acho que houve um recuo que pode abortar a nova
Previdência", disse Paulo Guedes.
Maia rebateu as palavras de
Guedes. "Eu acho que o ministro Paulo Guedes não está sendo justo com o
parlamento brasileiro, que está conduzindo sozinho a articulação para a
aprovação da reforma da Previdência. Se nós dependêssemos da articulação do
governo, teríamos 50 votos, não a possibilidade de ter 35, como nós temos
hoje."
"Na democracia não é o que um
quer, na democracia é o coletivo. São 513 deputados eleitos. A sociedade tá
representada", acrescentou.
"Se o governo não entende que
existem pobres no Brasil que precisam ser cuidados pelo parlamento e pelo
governo, isso é um problema deles", disse Maia. "Nós queremos que a
pobreza diminua que o desemprego caia no Brasil, que voltemos a ter esperança
na educação e saúde."
Fonte: G1
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