Em 13 de junho,
a Igreja celebra a festa de um dos santos mais
conhecidos e venerados no mundo, Santo Antônio de Pádua, também chamado Santo
Antônio de Lisboa, cidade onde nasceu, e que segundo a tradição é invocado para
encontrar objetos perdidos, o que se deve a um problema que teve com um noviço,
e ainda como o santo casamenteiro, devido à ajuda dada a uma jovem pobre.
Foi declarado
Doutor da Igreja por Pio XII em 1946, ficando conhecido como o “Doutor do
Evangelho”.
Santo Antônio
nasceu em Portugal em 1195 em uma família nobre. Desde criança, consagrou-se à
Santíssima Virgem. Em sua juventude, foi atacado por paixões sensuais, mas com
a ajuda de Deus as dominou, encontrando sua força nas visitas ao Santíssimo
Sacramento.
Foi admitido nos
franciscanos no início de 1221, participou em Assis do capítulo geral da ordem
desse ano e, mais tarde, foi enviado para pregar em várias cidades, obtendo um
grande êxito na conversão dos hereges.
Como as pessoas
procuravam estar perto dele e alguns arrancavam pedaços de seu hábito, foi
designado um grupo de homens para protegê-lo após os sermões. Às vezes, pregava
em praças e mercados. Bastava sua presença para que os pecadores caíssem de
joelhos a seus pés.
Mudou-se para
Pádua, onde havia trabalhado anteriormente. Denunciou e combateu o vício da
usura, mas gradualmente a saúde de Santo Antônio foi se deteriorando e se
retirou para descansar na floresta. Sentindo que sua vida estava
chegando ao fim, pediu para voltar para Pádua, mas só chegou aos limites da
cidade.
Em 13 de junho
de 1231, recebeu os últimos sacramentos, entoou um canto à Virgem e antes de
partir para a Casa do Pai, disse sorrindo: “Vejo vindo Nosso Senhor”.
Foi canonizado
pelo Papa Gregório IX, sem que tivesse transcorrido um ano de sua morte. E foi
declarado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.
Um homem
desafiou Santo Antônio a provar que Jesus estava na Eucaristia e deixou sem comer por três dias
sua mula. Levou o animal ao templo e mostrou-lhe um pasto fresco, mas a mula
escolheu ir com o santo, que estava ao lado com uma hóstia consagrada, e
ajoelhou-se.
Santo
casamenteiro e dos objetos perdidos
Muitos fiéis
recorrem a Santo Antônio quando querem encontrar um marido ou uma esposa.
Segundo consta, o título de santo casamenteiro se deve a um episódio, no qual
uma jovem pobre teria pedido a bênção do então Frei Antônio porque não
conseguia realizar o casamento por causa da baixa condição financeira de sua
família, a qual não teria dinheiro para pagar o dote, as vestimentas e o
enxoval. O frei abençoou a moça e pediu que confiasse; passados alguns dias, a
mulher recebeu tudo o que precisava e conseguiu se casar.
Além disso, o
santo é invocado para encontrar objetos perdidos, talvez porque certo dia um
noviço fugiu do convento com um saltério que ele usava. Santo Antônio orou para
recuperar o seu livro e o noviço se viu diante de uma aparição terrível e
ameaçadora que o obrigou a regressar e devolver o que roubou.
Diz-se também
que em uma ocasião, enquanto orava, apareceu-lhe o menino Jesus e o santo
segurou-o em seus braços e por esta razão, até hoje, é representado sustentando
o menino Deus. Santo Antônio é patrono das mulheres estéreis, dos pobres, dos
viajantes, dos pedreiros, dos padeiros, entre outros. Devido à sua caridade com
os pobres, com frequência se representa Santo Antônio oferecendo pão a
indigentes. Santo Antônio também é considerado um dos doutores da Igreja, sendo
chamado de “Doutor do Evangelho”, pela riqueza da sua pregação.
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