O
governo federal anunciou nesta quinta-feira (22) um corte de R$ 2,3 bilhões no
Orçamento para conseguir cumprir a meta fiscal de 2018.
A informação
consta do relatório bimestral de avaliação de receita e despesas da União,
divulgado pelo Ministério do Planejamento.
A meta
estabelecida pelo governo para este ano permite um déficit primário (despesas
menos receitas, sem considerar a despesa com o pagamento de juros) de até R$
159 bilhões. No entanto, os cálculos atuais apontavam para um “rombo” de R$
161,359 bilhões. Por isso, há a necessidade de contingenciar recursos do
orçamento.
“As
estatísticas fiscais apuradas até outubro de 2018 e as projeções de receitas e
despesas primárias para o corrente ano, presentes neste relatório, indicaram a
necessidade de redução de R$ 2,359 bilhões nas despesas discricionárias [não
obrigatórias]”, diz o relatório.
De acordo
com o documento, as atuais projeções apontam para uma receita líquida R$ 4,470
bilhões menor do que o previsto anteriormente. A explicação é uma queda na
arrecadação de impostos, como o Imposto de Importação (II) e o Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI).
Também houve
a postergação, para 2019, de um total de R$ 1,301 bilhão que a União esperava
arrecadar com outorgas e royalties.
A projeção
para o total de despesas neste ano também caiu, R$ 2,11 bilhões. Mas em ritmo
menor que a queda nas receitas, foi insuficiente para impedir um corte no
Orçamento.
As maiores
variações ocorreram no gasto previsto com benefícios previdenciários (redução
de R$ 487 bilhão em relação ao previsto inicialmente) e na despesa com pessoal
(queda de R$ 752,3 milhões). Por outro lado, o gasto com seguro-desemprego
subiu R$ 497,6 milhões.
TV Globo — Brasília