O presidente
eleito afirmou que, a partir de janeiro, quando assumirá a presidência do país,
e quando Sérgio Moro assumirá o ministério da Justiça e Segurança Pública, as
ações contra suspeitos de corrupção irão se intensificar.
Bolsonaro falou
brevemente a jornalistas após participar de uma cerimônia na vila militar. Na
praia da Barra da Tijuca, zona oeste, o presidente eleito respondeu a algumas
perguntas da imprensa.
“A Lava Jato
está aí. Parabéns à Polícia Federal e ao Ministério Público [Federal] por
estarem realmente lutando contra a corrupção no Brasil. E vai ficar pior para
os corruptos a partir do ano que vem quando nós assumirmos e com Moro tendo
carta branca dentro do Ministério da Justiça.”
Em 2014, Jair
Bolsonaro declarou voto em Luiz Fernando Pezão para governador, registrou
reportagem do UOL. “[O Francisco Dornelles] É um contrapeso que pesa. Pezão me
ligou, já conversei algumas vezes com ele, vou apoiá-lo. Acredito que fará um
governo equilibrado”, disse na época. Questionado pela imprensa sobre o apoio
do passado, Bolsonaro minimizou.
“Qual o
problema, rapaz?”, questionou. “Até casamento dá errado. Por que uma política
não pode dar? Lamentamos o episódio [da prisão do atual governador]. Lamento
que a política do Brasil e do Rio de Janeiro tenham enveredado por esse lado da
corrupção. Quem cometeu esses erros que pague o preço agora”, disse.
Internautas têm
distribuído uma imagem no Twitter com suposta postagem de Bolsonaro em campanha
para a reeleição de Pezão. “O povo do Rio deve dar uma chance a Pezão como
governador para ele dar continuidade aos investimentos iniciados por Cabral”,
diz o tuíte.
A imagem é
falsa. Em outubro de 2014, o Twitter permitia publicações com até 140
caracteres, o tuíte compartilhado tem um texto com 254 caracteres.
Com o
afastamento de Pezão, quem agora assume o Palácio Guanabara é o seu vice,
Francisco Dornelles (PP), o homem que motivou o voto de Bolsonaro.
Folha de São Paulo