O salário bruto
é de R$ 27.841,33 mensais. Como os descontos de IR e INSS, isso cai para um
pouco menos de R$ 20 mil líquidos. Até 2016, o valor era maior: R$ 30.934,70
mensais, até Michel Temer reduzir todos os salários do primeiro escalão do
governo, incluindo o dele próprio, em 10%.
Mas pode ficar
tranquilo que isso não diminuiu o padrão de vida dele. Se os nossos chefes de
estado deixassem de receber salário, eles não perceberiam. Para começar, o
Palácio da Alvorada tem 7.300 metros quadrados de área construída, mais um
“quintal” equivalente a 56 campos de futebol, com direito a piscina gigante e
espelho d’água. Essa é a residência oficial. O Presidente ainda conta com a
Granja do Torto, uma fazendinha do tamanho de 40 campos de futebol para passar
os finais de semana. As duas residências contam com cerca de 200 funcionários,
entre camareiras, mordomos, cozinheiros, vigias, jardineiros e administradores
em geral.
Se a média
salarial desses empregados for de R$ 3 mil por mês (numa estimativa baixa),
temos R$ 600 mil mensais só em mimos domésticos. Temer, por exemplo, conta com
quatro camareiras com função de lavar, passar e dobrar suas roupas. Para a
faxina, há outros empregados.
Ou seja: o
salário pode até ser terráqueo (um presidente de empresa grande ganha fácil
mais de R$ 1 milhão por mês). Mas os luxos não são deste mundo.
Até o “ticket
restaurante” do Presidente é infinito. As prestações oficiais de contas indicam
gastos na ordem de R$ 60 mil mensais com comida – já que o Presidente paga o
champagne e o presunto cru dos convidados. Os cozinheiros ficam disponíveis 24
horas por dia, sete dias por semana.
Fora isso, não é
que um presidente conta com carro oficial, é que ele passa todo o mandato sem
ter de abrir a porta do carro. Não é que um Presidente tem avião particular. É
que ele faz o que quiser dentro do avião particular. Temer consome 40 potinhos
de Häagen-Dazs por mês dentro do avião presidencial, totalizando R$ 625. Quase um
salário mínimo só em sorvete dentro do avião. E ainda tem Chicabon (sério).
Dilma, que também não dispensava os sorvetes de primeira linha, gastava milhões
de reais em combustível extra, exigindo que os pilotos só fizessem rotas que
não passassem por turbulência.
Na viagem à
África do Sul para o funeral de Nelson Mandela, que reuniu todos os
ex-presidentes vivos num único avião, Sarney estranhou o fato de a aeronave
estar voando para o norte, quando a África fica ao leste. Dilma exigira a
mudança de rota. Um voo particular intercontinental de ida e volta, para
milionários comuns, filhos de Deus, custa meio milhão de reais. Com
turbulência.
Somando tudo, um
Presidente da República tem basicamente os mesmos luxos dos monarcas que
habitavam o Palácio de Versalhes – mais a aviação particular e os outros mimos
do século 21. E tudo isso torna absolutamente insignificante o salário de… De
quanto mesmo?
Super
Interessante