Aos 74 anos, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)
ganha uma nova roupagem a partir de hoje. Com a entrada em vigor da
reforma trabalhista, a relação entre patrões e empregados mudará
profundamente em meio às promessas de criação de vagas e o temor de
piora das condições de trabalho.
As regras começam a valer sem que o
governo tenha decidido como será o processo de ajuste de alguns temas
prometidos ao Congresso: se por Medida Provisória ou projeto de lei. A
minuta do texto, que está na Casa Civil, não prevê, como foi cogitado,
um novo instrumento para financiamento dos sindicatos.
O projeto que entra em vigor neste sábado, 11, foi amplamente apoiado pelas entidades empresariais. O texto prevê, por exemplo, que os acordos coletivos tenham força de lei.
O texto que vai alterar pontos, como o trabalho insalubre de gestantes e
contratos intermitentes está praticamente pronto, mas ainda há itens
importantes em aberto e precisam ser decididos pelo Palácio do Planalto.
Apesar dessas dúvidas, o ajuste das normas trabalhistas está praticamente fechado. Como prometido aos senadores, a minuta que está na Casa Civil prevê, por exemplo, alteração das regras para o trabalho insalubre de grávidas e lactantes.
O texto sancionado em julho previa que gestantes deveriam apresentar atestado de saúde para serem afastadas, durante a gestação, de atividades consideradas insalubres.
Agora, a proposta prevê vedação do trabalho nessa situação, mas haverá possibilidade de continuar nos casos em que a trabalhadora apresentar atestado que permita o trabalho.
Estado de S.Paulo