Em
ocasião do quadro de escassez de água que atinge o Rio Grande do Norte,
a Vigilância Sanitária Estadual (SUVISA-RN) trouxe à tona uma discussão
relevante sobre o risco para a saúde do consumo de água distribuída por
meio de soluções alternativas, tais como carros pipas, “caixas
brancas”, chafarizes, poços coletivos, e outras. Segundo o órgão, o
consumo de água não tratada pode ocasionar doenças de veiculação
hídrica, tais como cólera, hepatites, diarreia, entre outras.
A
SUVISA-RN chama especial atenção para o transporte de água realizado
por meio das chamadas caixas brancas. A nota oficial do órgão, divulgada
em outubro divulgada no site da Secretaria Estadual de Saúde, atenta
para o fato de que, na maioria das vezes, esse material de transporte e
distribuição é de segundo uso e guarda originalmente produtos químicos.
Além disso, os recipientes são fabricados com um tipo de plástico que
absorve resíduos do produto armazenado e são de difícil higienização, o
que possibilita a contaminação química para a água transportada.
A
nota do órgão também relembra a Lei Federal 6.437/1977, artigo 10,
inciso XVII, que classifica como infração sanitária “reaproveitar
vasilhames de saneantes, seus congêneres e de outros produtos capazes de
serem nocivos à saúde, no envasilhamento de alimentos, bebidas,
refrigerantes, produtos dietéticos, medicamentos, drogas, produtos de
higiene, cosméticos e perfumes”. Orienta ainda que a população que
precisar recorrer a meios alternativos de consumo de água certifique-se
de que a empresa distribuidora esteja munida de alvará sanitário.
BG