O
ministro Herman Benjamin liberou nesta segunda-feira (15) para
julgamento a ação que visa cassar a chapa formada pelo presidente Michel
Temer e pela ex-presidente Dilma Rousseff no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
Caberá
agora ao presidente da Corte, Gilmar Mendes, marcar uma data para
análise do processo no plenário, composto por sete ministros.
Além
das alegações finais pelas partes, também já foi juntado ao processo o
parecer final do Ministério Público, que pede a cassação do mandato de
Temer e a inelegibilidade de Dilma por oito anos.
Relator
do caso, Benjamin compôs um novo relatório, levando em conta novos
depoimentos prestados pelo ministro Guido Mantega e pelo casal de
marqueteiros João Santana e Mônica Moura.
A
ação contra Dilma e Temer, de autoria do PSDB, começou a ser julgada no
início de abril, mas foi interrompida para a realização de mais
depoimentos.
A
acusação aponta abuso de poder político e econômico na disputa,
sobretudo com uso de recursos desviados da Petrobras para abastecer a
campanha.
A
defesa de Dilma diz que as doações para a campanha foram aprovadas pelo
próprio TSE e que partiram de empresas que também doaram ao candidato
do PSDB, Aécio Neves.
A
defesa de Temer alega que ele não teve participação na captação de
recursos e pede a separação de condutas, livrando-o da punição de perda
de mandato.
O PSDB também defende uma punição somente para Dilma por não ver envolvimento direto de Temer nas suspeitas.
G1