O estado do Rio Grande do Norte atingiu uma marca preocupante neste sábado (27): registrou o milésimo assassinato do ano.
É como se todo dia sete pessoas fossem assassinadas. Por trás dos
números tem sempre uma história real, como a do vendedor ambulante
Flávio Araújo, que foi cobrar uma dívida, neste sábado à tarde, e acabou
morto com dois tiros. O assassino fugiu. Flávio é a milésima quarta
vítima de homicídio só em 2017.
Se compararmos os cinco primeiros meses de 2017 com o mesmo período do
2016 chegamos a um aumento de mais de 27% no número de homicídios no Rio
Grande do Norte.
O milésimo assassinato foi neste sábado de madrugada, no município de
Ceará Mirim, na região metropolitana de Natal. Um casal foi executado a
tiros em casa. Segundo um levantamento do grupo de pesquisa criminal
ligado à Universidade Federal do Rural do Semiárido, os crimes de
encomenda lideram as estatísticas.
“São aquelas execuções primárias em que a vítima não tinha nenhum tipo
de ligação com algum crime pra gente poder fazer a ligação dela com
alguma vida pregressa criminosa. Segundo caso são as violências
interpessoais”, explicou Ivenio Hermes, especialista em gestão e
políticas de segurança pública.
Crimes que raramente são solucionados. O delegado-geral de Polícia
Civil admite que enfrenta dificuldades para investigar as mortes.
“Apesar de a lei determinar que sejam 5.150 policiais, hoje nós temos cerca de apenas 1.200 policiais”, afirmou José Francisco Correia Júnior.
A sensação de insegurança é reforçada pela crise no sistema penitenciário. No início do ano as rebeliões deixaram 26 mortos. Esta semana 88 presos fugiram de Parnamirim e a maioria continua solta.
“Apesar de a lei determinar que sejam 5.150 policiais, hoje nós temos cerca de apenas 1.200 policiais”, afirmou José Francisco Correia Júnior.
A sensação de insegurança é reforçada pela crise no sistema penitenciário. No início do ano as rebeliões deixaram 26 mortos. Esta semana 88 presos fugiram de Parnamirim e a maioria continua solta.
“Hoje em dia ninguém mais pode andar nas ruas por conta de assalto. E
além de assalto agora estão matando, tá horrível”, disse a estudante
Priscila Emanuela dos Santos.
O delegado-geral disse que ainda em 2017 haverá concurso público para contratar novos policiais.
Já o governo do estado declarou que não comenta as estatísticas por não
serem dados oficiais, mas afirmou que está fazendo o possível para
combater a criminalidade.
Jornal Nacional TV Globo