No último fim de semana, a OAB aprovou, por 25 votos a 1, entrar com o pedido de impeachment após se tornar público o conteúdo das delações dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, no âmbito da Operação Lava Jato.
Segundo Lamachia, mesmo que a gravação de uma conversa entre Joesley e
Temer (em 7 de março deste ano), entregue ao Ministério Público, tenha
passado por algum tipo de edição, como argumenta a defesa do presidente, as declarações públicas de Temer sobre o episódio confirmam o teor do diálogo e "isso que é indiscutível".
"Não há definição [sobre entrar com o pedido] na quarta [24] ou na
quinta [25]. Estamos elaborando a peça, com responsabilidade, isso tem
que ser feito com calma. Asseguro a vocês que ainda no curso dessa
semana estaremos protocolando", disse Lamachia, em entrevista à
imprensa.
Argumentos da OAB
Ao falar sobre o pedido de impeachment, Lamachia explicou que a peça em
elaboração não leva em conta eventuais edições ou montagens na gravação
da conversa entre Joesley Batista e Michel Temer, mas, sim, a atitude
do presidente após o encontro, ocorrido no dia 7 de março.
"Mesmo que o áudio tivesse alguma edição, as duas declarações públicas
de Temer confirmam o teor do diálogo. E isso que é indiscutível. A
decisão da OAB levou mais em consideração o fato de o presidente ter
escutado tudo que escutou e não ter feito nada em relação a isso, do que
propriamente o conteúdo integral", afirmou o presidente da OAB.
g1