O Palácio do Planalto confirmou ontem (20) que os ministros da
Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera; da Secretaria de Portos,
Helder Barbalho; e de Minas e Energia, Eduardo Braga, todos do PMDB,
não fazem mais parte do governo Dilma Rousseff.
Dos sete ministérios que o PMDB tinha no governo Dilma, apenas dois
continuam sob o comando de integrantes do partido: os ministérios da
Saúde, com Marcelo Castro; e o da Agricultura, com a ministra Kátia
Abreu.
Os peemedebistas Henrique Eduardo Alves e Mauro Lopes já haviam
deixado o Ministério do Turismo e a Secretaria de Aviação Civil,
respectivamente.
Pansera, que é deputado federal, havia deixado o cargo na última
semana para votar contra a abertura do processo de impeachment de Dilma
na Câmara, e não retornou ao ministério.
Braga e Barbalho deixaram o cargo por se sentirem desconfortáveis com
a situação do PMDB após a abertura do impeachment de Dilma, com amplo
apoio do partido na Câmara. Os dois, no entanto, haviam sinalizado que
apoiariam a presidenta na tarefa de tentar barrar o processo no Senado.
Braga e o pai de Helder, Jader Barbalho, possuem mandato de senadores.
Barbalho mencionou em sua carta de demissão o “momento em que a
Câmara dos Deputados delibera pela autorização da abertura do processo
de impedimento” de Dilma, e disse que assumirá posição política de
respeito à “democracia”, por acreditar na “absoluta ausência de crimes
de responsabilidade” que justifiquem o afastamento da presidenta.
Ao entregar o cargo, Braga disse que não vai participar da sessão que
vai analisar a admissibilidade do impeachment no Senado, mas que sua
esposa, que é suplente, vai representar “com coerência” a posição dele
na votação. Por meio de nota à imprensa, Dilma agradeceu a dedicação dos
ministros que deixam o governo.
Fonte: Agência Brasil