A Procuradoria
Geral do Estado (PGE) entrou com um recurso na Justiça para que o Instituto
Previdenciário do Rio Grande do Norte (Ipern) seja autorizado a sacar recursos
aplicados pelo Fundo Previdenciário Funfirn). Decisões da 1ª Vara da Fazenda
Pública da Comarca de Natal e do Tribunal de Contas do Estado proíbem o governo
de usar os cerca de R$ 300 milhões, que estão aplicados, para pagar salários de
aposentados e pensionistas do estado.
A decisão da Justiça Estadual atendeu a um pedido feito pelo
Ministério Público ainda no ano passado e reforçado no início
deste ano, depois que o governo conseguiu a aprovação de um projeto de Lei na
Assembleia Legislativa, com esse objetivo.
“Os
embargos objetivam esclarecer que os resgates dos recursos do Funfirn não
gerarão qualquer prejuízo aos cofres públicos, uma vez que não há previsão de
multa, taxa de saída, ou qualquer outra penalidade para o resgate antecipado
das aplicações. Os valores serão atualizados com os respectivos rendimentos até
a data da efetiva liquidação”, informou a PGE.
Na sua
decisão, a juiza Patrícia Gondim ponderou que a lei complementar 620/2018
autoriza o saque ao Funfirn como forma de empréstimo ao Estado causará
desequilíbrio financeiro e atuarial, além de “deságio” provocado pelo resgate
das aplicações antes de seus respectivos vencimentos.
A
alegação da Procuradoria Geral do Estado é que os valores serão atualizados com
os respectivos rendimentos e serão ressarcidos até 2040, conforme previsto pela
lei.
*G1 RN