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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Número 1 do PCC e comparsa são mortos no CE; principal hipótese é de emboscada de facção rival



Um dos chefes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, foi encontrado morto na tarde desta sexta-feira (16), em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ao lado dele foi encontrado e já identificado o corpo de Fabiano Alves de Souza, conhecido como Paca. As informações foram confirmadas ao G1 pelo procurador de Justiça Marcio Sérgio Christino.

De acordo com o procurador, os dois eram foragidos da Justiça de São Paulo e líderes da facção criminosa. As duas principais suspeitas da polícia para as mortes são execução por facção rival ou retaliação do próprio PCC. Eles foram mortos com tiro no rosto e facada no olho.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Ceará, os corpos estavam na área de uma reserva indígena e sem identificação. A polícia investiga quem são os autores do crime.

 

Gegê do Mangue

 

Rogério Jeremias de Simone era considerado pelo Ministério Público de São Paulo o número 3 na escala de chefia do PCC. Havia a suspeita de que ele estivesse controlando o tráfico de drogas no Paraguai.

Em abril de 2017, o promotor Rogério Leão Zagallo disse ao G1 que “a última informação recebida pela Polícia Federal é da suspeita de que Gegê esteja no Paraguai desde que ele fugiu”.

Também em abril do ano passado, ele foi condenado a 47 anos, 7 meses e 15 dias de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha armada. Para a fixação da pena, o magistrado levou em consideração, entre outros fatores, os antecedentes criminais do acusado, sua conduta social e personalidade voltadas a práticas delituosas.

Para o Ministério Público (MP), Gegê e Abel ordenaram as execuções de dois criminosos na favela do Sapé, no bairro do Rio Pequeno, Zona Oeste de São Paulo. Eles tinham dado as ordens por celular de dentro da cadeia para integrantes da facção matarem dois desafetos do grupo do lado de fora.

Ele foi liberado antes de seu julgamento após a Justiça entender que houve excesso de prazo para ele ser julgado. Após a sua liberação, ele não se apresentou mais às autoridades e faltou ao próprio julgamento. Ele não foi localizado por ter mentido sobre os endereços que poderia estar e passou a ser considerado foragido da Justiça. Sua prisão preventiva chegou a ser decretada.

G1/CE

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