Um dos chefes da facção criminosa
Primeiro Comando da Capital (PCC) Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do
Mangue, foi
encontrado morto na tarde desta sexta-feira (16), em Aquiraz, na
Região Metropolitana de Fortaleza. Ao lado dele foi encontrado e já
identificado o corpo de Fabiano Alves de Souza, conhecido como Paca. As
informações foram confirmadas ao G1 pelo procurador de Justiça Marcio Sérgio
Christino.
De acordo com o procurador, os dois eram
foragidos da Justiça de São Paulo e líderes da facção criminosa. As duas
principais suspeitas da polícia para as mortes são execução por facção rival ou
retaliação do próprio PCC. Eles foram mortos com tiro no rosto e facada no
olho.
De acordo com a Secretaria da Segurança
Pública do Ceará, os corpos estavam na área de uma reserva indígena e sem
identificação. A polícia investiga quem são os autores do crime.
Gegê do Mangue
Rogério Jeremias de Simone era
considerado pelo Ministério Público de São Paulo o número 3 na escala de chefia
do PCC. Havia a suspeita de que ele estivesse controlando
o tráfico de drogas no Paraguai.
Em abril de 2017, o promotor Rogério
Leão Zagallo disse ao G1 que “a última informação recebida pela Polícia Federal
é da suspeita de que Gegê esteja no Paraguai desde que ele fugiu”.
Também em abril do ano passado,
ele foi
condenado a 47 anos, 7 meses e 15 dias de prisão pelos crimes de
homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha armada. Para a
fixação da pena, o magistrado levou em consideração, entre outros fatores, os
antecedentes criminais do acusado, sua conduta social e personalidade voltadas
a práticas delituosas.
Para o Ministério Público (MP), Gegê e
Abel ordenaram as execuções de dois criminosos na favela do Sapé, no bairro do
Rio Pequeno, Zona Oeste de São Paulo. Eles tinham dado as ordens por celular de
dentro da cadeia para integrantes da facção matarem dois desafetos do grupo do
lado de fora.
Ele foi liberado
antes de seu julgamento após a Justiça entender que houve excesso de
prazo para ele ser julgado. Após a sua liberação, ele não se apresentou mais às
autoridades e faltou ao próprio julgamento. Ele não foi localizado por ter
mentido sobre os endereços que poderia estar e passou a ser considerado
foragido da Justiça. Sua prisão preventiva chegou a
ser decretada.
G1/CE