Devido ao alto número de casos
confirmados de febre amarela, especialmente na região Sudeste, a Confederação
Nacional dos Municípios (CNM) emitiu nota técnica para esclarecer os gestores
sobre a doença e propor ações em nível local. Doença infecciosa grave, causada
por vírus e transmitida por mosquitos, a febre amarela é altamente letal e
provoca a morte de 20% a 50% das pessoas infectadas.
A prevenção ocorre de duas
maneiras, por meio da vacinação e do combate aos mosquitos transmissores. A
vacina é indicada para toda a população e uma única dose é suficiente para
imunizar, mesmo que ela tenha sido ministrada há mais de 10 anos. A versão
fracionada começou a ser utilizada neste mês com o objetivo de proteger o maior
número de pessoas. Apesar das dúvidas e inseguranças em relação à dose, estudos
realizados pela Bio-Manguinhos/Fiocruz garantem a validade de pelo menos 8 anos
e a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem acompanhado os efeitos para definir
o prazo de eficácia da opção alternativa da vacina.
Existem dois ciclos
epidemiológicos de transmissão da febre amarela, o silvestre e o urbano. Em
ambos, há participação do mosquito. No primeiro, os macacos que habitam
florestas são os principais hospedeiros e o homem é infectado acidentalmente ao
circular pelas áreas de mata. Já no ciclo urbano, a disseminação do vírus
ocorre a partir dos vetores que picam uma pessoa com a doença. Por isso, o
combate ao Aedes aegypti nas cidades é uma ação preventiva importante.
Os sintomas são febre,
calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e
fraqueza. Na forma mais grave, há febre alta, icterícia (coloração amarelada da
pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato
gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
Aos pacientes, é indicado tratamento apenas para alívio dos sintomas, com
hospitalização, repouso, reposição de líquidos e acompanhamento.
A nota técnica da CNM traz
ainda informações sobre quem não deve tomar a vacina, o esquema de vigilância
epidemiológica e de notificação, além de orientações aos gestores do SUS e dos
serviços de saúde. Identificado o aumento expressivo de atendimentos, sugere-se
o redimensionamento da equipe de saúde. Nos Municípios que não dispõem de serviços
de saúde especializada, o paciente deve ser encaminhado em tempo hábil para a
unidade de referência, seguindo protocolos de transporte.
Veja a nota técnica aqui