Após reunião realizada sábado (17) no Palácio Guanabara, sede do governo
do estado do Rio de Janeiro, para tratar da intervenção militar no estado, o
presidente da República, Michel Temer, anunciou a criação do Ministério da
Segurança Pública. Ele não respondeu perguntas da imprensa e não falou quem
assumiria a nova pasta.
"Nós não vamos parar por aí. Muito brevemente, na próxima semana ou na outra no mais tardar, eu quero criar o
Ministério Extraordinário da Segurança Pública, que vai coordenar a segurança
pública em todo o país, evidentemente sem invadir as competências de cada
estado federado", disse o presidente.
Temer destacou a união de esforços e a concordância do governador do Rio
de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, com a intervenção. "A situação do Rio de
Janeiro cria também problemas em outros estados, porque se as coisas desanda
aqui a tendência é desandar no resto do país", acrescentou.
Participaram do encontro o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, os
ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; e da Secretaria-Geral da Presidência
da República, Moreira Franco; o general Walter Braga Netto, nomeado
interventor da área de segurança publica no estado; e outros oficiais
militares. Eles trataram do planejamento da intervenção militar que foi
determinada em decreto presidencial assinado ontem (16).
O secretário de estado de segurança Roberto Sá foi afastado do cargo e o
general Walter Braga Netto será, na prática, quem cuidará de todas as questões
ligadas à segurança pública. O decreto já está em vigor mas precisará ser
confirmado pelo Congresso para seguir valendo
Agência Brasil