O custo menor da conta de luz, entretanto, dependerá de um aporte de R$ 3,3 bilhões do governo no setor.
De acordo com a presidente, a partir de 2013 os consumidores
residenciais pagarão 16,2% a menos em suas faturas, enquanto as
indústrias terão abatimento de 19% a 28%.
A definição precisa sobre quão maior será esse corte --ou seja, além
desses percentuais-- dependerá de estudo da Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica) sobre cada empresa da cadeia de energia (geração,
transmissão e distribuição).
Durante evento que marca assinatura da medida provisória que vai
permitir a prorrogação das concessões do setor de energia, a presidente
explicou que a agência ainda terá de concluir, um a um, os estudos de
cada empresa, até o mês de março.
A redução na tarifa será possível devido à renovação dos contratos de
concessão em vencimento e à redução de encargos. Segundo o ministro de
Minas e Energia, Edison Lobão, o próprio governo fará um aporte no
setor, no valor de R$ 3,3 bilhões, para compensar o corte de encargos,
que atualmente financiam programas que serão mantidos pelo governo, como
o "Luz para Todos".
O governo já tinha previsto, no Orçamento de 2013, R$ 15 bilhões para
desoneração de forma geral --inclusive para cortes dos encargos da
energia.
Dos encargos, serão retirados completamente a CCC (Conta de Consumo de
Combustíveis) e a RGR (Reserva Global de Reversão). A CDE (Conta de
Desenvolvimento Energético) será reduzida em 25% do seu valor atual.
O governo sustenta, desde a última semana, que a renovação nas áreas de
geração, transmissão e distribuição será possível contanto que as
companhias garantam redução na tarifa e melhoria da qualidade.
DESENVOLVIMENTO
A presidente afirmou que a sociedade brasileira já pagou pela
eletricidade e "chegou a hora de devolver a ela esse investimento na
forma de tarifas mais baixas, mais justas, mais módicas".
Ela acredita que o ganho será generalizado para consumidores, empresas e
governo. "É uma etapa importante do nosso desenvolvimento", destacou
Dilma.
"Não pode faltar luz em nenhum dos 365 dias do ano e em nenhuma das 24 horas do dia", disse a presidente.
Ela reforçou ainda que vai aumentar a fiscalização e que punirá de
maneira "bastante clara" as empresas que administrarem mal suas
empresas.
"O respeito ao direito do consumidor e o bom atendimento são essenciais e
demonstram maturidade do sistema econômico do país", disse Dilma.
Do total das concessões de energia que estão vencendo, entre 2015 e
2017, estão incluídos 67,6% das linhas de transmissão --o equivalente a
69 mil quilômetros do total existentes no país.
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