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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Haddad abre ofensiva direta contra Russomanno e Serra defende gestões

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 SÃO PAULO - Sob risco de ficar de fora do segundo turno, o petista Fernando Haddad partiu para o confronto com Celso Russomanno (PRB) no debate da noite da segunda-feira, 24, da TV Gazeta, enquanto José Serra (PSDB) evitou atacar diretamente o líder da corrida para Prefeitura de São Paulo.
Em sua primeira participação no debate, quando poderia escolher qualquer dos candidatos para responder a suas perguntas, Serra se dirigiu a Paulinho, candidato do PDT, que teve 1% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha. O tucano criticou o líder nas pesquisas no quarto bloco, ao questionar Levy Fidelix (PRTB).
Haddad citou Russomanno na primeira oportunidade que teve, ao responder a Carlos Giannazi (PSOL). "Uma pessoa que diz defender os cidadãos deveria, no mínimo, apresentar um programa de governo", disse. "Ninguém sabe quantos hospitais e clínicas ele vai fazer, quantos corredores de ônibus. Quando cobro, estou defendendo a minha cidade."
O petista, em terceiro lugar na última pesquisa Datafolha, escolheu por duas vezes Russomanno como alvo de suas perguntas, no segundo e no terceiro blocos. Na primeira oportunidade, dirigiu-se ao adversário para questionar sua proposta de criar uma tarifa proporcional de ônibus, segundo a qual quem andar em trajeto menor, pagará menos.
Segundo o petista, a cobrança de tarifa idealizada pelo candidato do PRB privilegiaria os moradores mais ricos, os que moram nas regiões mais próximas do centro. Haddad disse ainda que a proposta significaria o fim do Bilhete Único, criado na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
Russomanno afirmou que nem todos os que andam em trajetos curtos são pobres. Explicou que ampliará os subsídios ao sistema para que ninguém pague mais do que a atual tarifa de R$ 3. Por fim, disse que o controle do trajeto percorrido seria eletrônico - os passageiros colocariam "o dedo" em um sensor ao entrar e ao sair do ônibus. Ele não explicou como adotaria esse sistema.
Haddad atacou a proposta de Russomanno de ampliar o contingente da Guarda Civil Metropolitana de 6 mil para 20 mil homens, o que, segundo a Prefeitura, custaria R$ 1 bilhão. "Qual é o seu número?", questionou.
O candidato do PRB afirmou que o gasto seria de R$ 600 milhões. "O que estou querendo demonstrar é que não há consistência em relação a essas ideias. R$ 600 milhões não vão dar para 20 mil guardas civis metropolitanos", rebateu o candidato do PT.
Confronto. Serra fez seu principal confronto com Gabriel Chalita (PMDB) e teve de se defender de vários ataques dos adversários, que apontaram supostas falhas em sua gestão na Prefeitura, iniciada em 2005 e continuada por Gilberto Kassab (PSD) após a renúncia em 2006.
Chalita acusou a gestão Serra-Kassab de ter arrochado os salários dos servidores, ao mesmo tempo em que teria elevado em quase 200% os vencimentos de subprefeitos e ocupantes de cargos de confiança. Segundo o peemedebista, os servidores tiveram elevação salarial média de 0,1% ao ano, crítica repetida por outros adversários do tucano.
Serra disse que subprefeito merece ser bem remunerado, assim como os deputados, "mesmo os que não são muito aplicados, como o Chalita". O tucano acusou o adversário de faltar a metade das sessões da Comissão de Educação da Câmara, da qual faz parte. Chalita retrucou que é um deputado mais assíduo do que Serra foi quando deputado.
A candidata Soninha Francine (PPS), crítica habitual de Haddad, disse que votará nele em um eventual segundo turno do PT contra o PRB. Ela atacou a indicação de Marta para o Ministério da Cultura, ao ser questionada sobre o tema por Serra./DANIEL BRAMATTI, BRUNO BOGHOSSIAN, FERNANDO GALLO, JULIA DUAILIBI e VERA ROSA

 estadao.com.br


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