As barragens subterrâneas do Seridó e os benefícios que o projeto de custo baixíssimo traz para a região foram tema de uma reportagem especial exibida na manhã deste domingo no programa Globo Rural, da Rede Globo de Televisão. O apresentador Nelson Araújo foi conhecer a experiência bem sucedida executada pela Emater no Rio Grande do Norte. Ele esteve nos municípios de Serra Negra do Norte e em Jucurutu.
Em Serra Negra, a
experiência com o aproveitamento das águas das chuvas que ficam no subsolo de
rios e riachos de leito seco começou no final da década de 1990 na administração
do prefeito Ruy Pereira do PT. Ruy construiu uma sequência de dez pequenas
barragens com capacidade para 12 milhões de metros cúbicos de água que garantem
o abastecimento da população e do rebanho e a produção agrícola para milhares de
pequenos agricultores numa extensão de 30 quilômetros às margens do Rio
Espinharas, um afluente do Rio Piranhas.
O complexo de barragens
apenas foi citado na reportagem. O objetivo do Globo Rural era outro: mostrar
uma experiência de menor custo que pode ser levada para pequenas propriedades
rurais fora do raio de alcance das barragens do Espinharas ou da gigante Armando
Ribeiro Gonçalves, no Vale do Açu. Nélson visitou o sítio de Álcio Batista, onde
mostrou como as barragens são feitas usando apenas uma lona especial de
plástico.
"Não é em qualquer
lugar que se pode fazer uma barragem subterrânea. A trincheira é aberta em um
ponto estratégico, na transversal, cortando o leito de um riacho ou rio
temporário, comum na caatinga", disse o
apresentador.
A 100 quilômetros do sítio
da família Batista, o agricultor Lourival Pereira, o seu Louro, já colhe os
frutos de uma barragem submersa feita em seu sítio, no município de Jucurutu.
"O agricultor já construiu 2 mil metros de renque. Como a vegetação não
sente falta de água, ele passou de uma atividade de subsistência para a de
produção rural de verdade, numa escala que atende sete famílias. Só de banana
ele tira uma tonelada por mês. Há também mamão, coco-da-baía, pimenta, caju,
amendoim, tomate, pinha, feijão, goiaba, cebolinha e coentro. Só de hortaliças
em geral são mais de 20 canteiros", diz a
reportagem.
E Lourival, que vivia de
arrendamento, agora é dono de seu próprio negócio: "Graças a Deus não
temos mais dificuldade para tocar a vida. Não precisa nenhum deles [dos filhos)
sair atrás de político pedindo emprego."
O programa é uma parceria
do governo federal, estadual e prefeituras. A Emater já construiu 511 de um
total de 1.400 previstas.
Fonte:
http://tribunadonorte.com.br
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