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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Bolsonaro diz que não tem controle sobre aumento no preço de combustíveis

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (12) que não tem controle sobre a política de preços da Petrobras. Na terça-feira, a estatal anunciou o primeiro reajuste dos combustíveis em 77 dias. A partir de hoje, a gasolina fica R$ 0,15 mais cara e o diesel, R$ 0,27.

“O combustível encareceu no mundo todo”, afirmou Bolsonaro, em entrevista à Gazeta Brasil, um site que o apoia, ao ser questionado se o aumento do preço da gasolina poderia “cair como uma bomba” em ano eleitoral.

Durante o governo, Bolsonaro coleciona uma série de atritos com a Petrobras. Em 2021, a empresa precisou informar que não antecipa decisões de reajuste após o presidente dizer que a estatal anunciaria uma redução nos preços dos combustíveis ainda naquele mês.

Em novembro do ano passado, a Petrobras também se pronunciou após Bolsonaro afirmar que havia entrado em contato com a equipe econômica para privatizar a estatal. Em nota, a empresa informou que havia consultado o Ministério da Economia sobre a existência de estudos sobre sua privatização, mas que a resposta foi negativa.

No começo de 2021, Bolsonaro demitiu o então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que foi substituído pelo general Joaquim Silva e Luna.

Bolsonaro tenta justificar inflação

Na entrevista de hoje, Bolsonaro tentou justificar a inflação de 2021, que fechou o ano em 10,67%, um estouro de 4,17 p.p. em relação ao teto da meta. Bolsonaro ressaltou que em 2015, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também ficou acima de 10%.

O chefe do Executivo também voltou a dizer que a inflação é resultado da pandemia de covid-19 e da “política do fique em casa”, em referência às medidas de isolamento social para tentar controlar a disseminação do coronavírus.

Em carta aberta ao ministro da Economia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já havia informado os motivos que levaram o país a estourar meta de inflação. Dentre os fatores estão: os preços de commodities, crise hídrica, desequilíbrios entre demanda e oferta de insumos e gargalos nas cadeias produtivas globais.

Fonte: O Tempo

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