quarta-feira, 16 de maio de 2018

Empresário confirma que pediu que governador do RN intermediasse liberação de festa vetada pelos bombeiros


O empresário Ênio Sinedino, responsável pela festa que aconteceu no sábado (12) na Shock Casa Show, Zona Norte de Natal, confirmou que ligou para o governador Robinson Faria depois que o Corpo de Bombeiros começou a cobrar adequações para liberar a realização do evento. De acordo com Sinedino, a ligação aconteceu ainda na manhã de sábado, antes de o comandante da corporação interditar a casa de show. 

O coronel Luiz Monteiro da Silva Júnior foi exonerado do comando dos Bombeiros nesta terça-feira (15). Ele disse que o motivo da exoneração foi a negativa dada a Robinson Faria sobre um pedido para autorizar que a festa acontecesse, mesmo sem cumprir as normas legais de segurança. O oficial disse que Faria ligou para ele e deu a ordem pessoalmente. 

O governador, por sua vez, enviou nota em que nega qualquer intervenção no caso. A nota afirma que não houve qualquer pedido de Robinson Faria para descumprimento de competências legais por parte do comando do Corpo de Bombeiros. Na mesma nota, o governo alega que “a troca no comando do Corpo de Bombeiros foi meramente técnica, não tendo qualquer conexão com o suposto fato. A questão não foi de legalidade e sim de hierarquia”.

Contato com o governador

Ênio Sinedino falou com a Inter TV Cabugi nesta quarta (16) e disse que sua ligação para o governador foi para pedir que ele falasse com o coronel Monteiro. “Eu pedi para o governador falar para o comandante que a gente estava correndo atrás para resolver todas essas questões pendentes”, afirma. 
 
O laudo do Corpo de Bombeiros informa que os organizadores da festa não apresentaram um projeto de proteção contra incêndio e pânico, bem como também não havia vistoria das estruturas fixas montadas no local. Esses foram os motivos da interdição. 

O coronel Monteiro disse também que a equipe responsável pela inspeção foi até a casa de show mais de uma vez e constatou que as adequações solicitadas não haviam sido feitas. Ênio Sinedino diz que, dentre os pedidos, restou apenas fornecer uma “planta”, que foi refeita três vezes no próprio sábado (12), dia marcado para acontecer a festa. 

De toda maneira, mesmo com os impedimentos apontados pela inspeção, os shows foram realizados. “Casa tem todas as licenças e funciona há mais de 10 anos. É santo que no sábado a festa reuniu mais de seis mil pessoas e correu normal”, argumenta Sinedino. 

O G1 tentou entrar em contato com o advogado da Shock Casa Show por telefone, mas as ligações não foram atendidas. 
 G1RN

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