Radio

sábado, 8 de abril de 2017

O PASTOR EDME BARBOSA FALA SOBRE O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA. (ÊXODO 12. 1-11)



No calendário religioso de muitos países, celebra-se a páscoa. Mas a páscoa é uma festa que foi instituída por Deus para o povo hebreu, tanto é que o próprio nome tem origem no hebraico, recebe o nome de pesach, que significa “passar por cima de”. 

Depois de várias tentativas para libertar o povo da escravidão, continuou Faraó com o seu coração endurecido e Deus enviou dez pragas com o propósito de convencer Faraó a libertar o povo de Israel, sendo a última praga “a praga da morte de todos os primogênitos”. 

Deus ordenou ao anjo da morte ou destruidor que eliminasse todo primogênito na terra do Egito e para que os israelitas fossem poupados da praga da morte dos primogênitos, em cada casa um cordeiro de um ano e sem defeito fosse morto e seu sangue aspergido nos umbrais e vergas das portas, assim, quando o anjo destruidor olhasse o sangue passava por cima daquela casa e poupava o filho primogênito daquela família. 

Ao matarem o cordeiro, os israelitas estariam derramando sangue inocente, e o animal sacrificado servia de substituto do primogênito que seria morto naquela casa. 

Desse ponto em diante o povo hebreu entenderia com clareza que, para ser poupado da morte, uma vida inocente deveria ser sacrificada em seu lugar. Foi aí que Deus instituiu a primeira Páscoa. Os hebreus seguiram as instruções de Deus, cada família matou um cordeiro, aspergiram seu sangue nos umbrais das portas, depois, dentro de casa, fizeram uma refeição com cordeiro assado, ervas amargas e pão sem fermento. As ervas amargas significavam a amargura da escravidão. Após comerem o banquete da Páscoa vestidos e prontos saíram do Egito. A Páscoa tornou-se uma recordação anual de como Deus libertou os hebreus do Egito. Anualmente, eles fariam uma pausa para recordar o dia em que o anjo destruidor poupou suas casas, e agradeceriam a Deus por salvá-los da morte e libertá-los da escravidão. 

A partir de Jesus, a celebração da Páscoa foi substituída pela Ceia do Senhor, com o pão e o vinho, em Sua memória. Cristo é a nossa Páscoa, e o Seu sangue, o sangue do Cordeiro de Deus, nos lava e purifica de todo pecado (Lc 22.1-20; 1 Co 5.7). 

O próprio Senhor Jesus, quando instituiu a Ceia do Senhor, se deu no dia da páscoa (Mateus 26:17-19; Marcos 14:12-16; Lucas 22:7-13), e não foi pela Sua ressurreição que Ele a instituiu, e sim, em memorial a Ele, e anunciando a Sua morte, até que Ele venha a nos buscar (I Coríntios 11:26). Isto é, a Ceia do Senhor se deu justamente na páscoa porque, a verdadeira páscoa era Ele (I Coríntios 5:7), que estava preparado para morrer pelos nossos pecados - a de ser crucificado. Por isso, que foi chamado de Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo (João 1:29), porque Ele é o Cordeiro a ser sacrificado, a páscoa, para derramar o Seu sangue pelos nossos pecados; pois, sem tal sacrifício, nenhum homem poderia aproximar de Deus, e entrar em comunhão com Ele, ganhando assim a vida eterna. 

Daí porque, uma vez feito tal sacrifício, o único verdadeiro e perfeito, deixaria de ter sentido a páscoa, uma vez que o antigo pacto foi consumado. Foi por essa razão que o Senhor Jesus se reuniu com os seus discípulos, para realizar a última páscoa - a válida - e estabelecer o novo pacto, mais abrangente, e debaixo da graça: a Ceia do Senhor. 

Portanto, para nós, a comemoração da páscoa se dá todas as vezes que participamos da “Ceia do Senhor”, porque Jesus é o nosso cordeiro pascoal.

Edme Barbosa da Silva
Pastor da Igreja Batista do Centenário São Miguel/RN

São Miguel em Alta

UERN anuncia suspensão de concurso para professores

O concurso público da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte ( UERN ) para professor do ensino superior foi suspenso. A decisão foi pu...