Na
sessão desta quinta, o PT teve suas contas de 2011 desaprovadas: terá
de devolver R$ 5,6 milhões e ainda ficará sem receber R$ 7,8 milhões do
Fundo Partidário.
O
PSDB também teve suas contas de 2011 desaprovadas, terá de devolver R$
3,9 milhões e deixará de receber R$ 6,6 milhões do Fundo Partidário.
Já
o PMDB teve as contas de 2011 aprovadas com ressalvas, e terá de
devolver cerca de R$ 762 mil aos cofres públicas, sem suspensão de novos
recebimentos do Fundo Partidário.
Ao
analisarem as contas, os ministros do TSE verificaram diversos
problemas na prestação de contas anual de 2011, referente à aplicação de
dinheiro público transferido via Fundo Partidário naquele ano. A
análise não leva em conta despesas com campanha nem receitas obtidas de
doações privadas.
Em todas as decisões, os partidos terão que devolver os valores com recursos próprios.
PT
No
caso do PT, a Corte julgou que o partido gastou parte dos recursos com
serviços não autorizados pela lei, como pagamento de empréstimos junto
ao Banco Rural e ao BMG – negócios considerados simulados no julgamento
do mensalão.
Além
disso, o partido teria transferido recursos para diretórios regionais
impedidos de receber a verba e pagado servidoras públicas por serviços
não comprovados.
No processo, a defesa do partido argumentou que essas despesas não eram consideradas irregulares à época.
PSDB
As
contas do PSDB, por sua vez, foram desaprovadas de forma monocrática no
último dia 11, pelo ministro Henrique Neves, que já deixou a Corte.
Ele
considerou irregulares, por exemplo, despesas com passagens aéreas sem
comprovantes dos bilhetes emitidos, despesas com diretórios estaduais
sem vinculação com atividade partidária, não comprovação de gastos com
hospedagem.
Em sua defesa, o partido apresentou diversos documentos que comprovariam a regularidade das despesas.
PMDB
O
PMDB teve as contas aprovadas com ressalvas pelo fato de que as
irregularidades somaram valor menor que 10% do que foi recebido em 2011.
Mesmo
assim, foi punido por fretar aviões para viagens sem relação com a
atividade partidária, não comprovar gastos com passagens aéreas e
contratação de advogado para defender um filiado preso.
A defesa do partido disse que vai recorrer, sob o argumento de que as despesas não eram consideradas irregulares à época.
G1