“Se tem alguém que sabe tudo sobre mim, esse é o nosso homem lá de cima. Eu não tenho preocupação com nenhuma delação.[O Palocci] foi meu companheiro por 30 anos, é uma das figuras mais inteligentes desse país. Ele já é maior de idade. Eu tenho certeza absoluta de que não vai fazer delação. Ele pode contar tudo o que sabe, mas tenho certeza que pode prejudicar muita gente, menos eu”, disse Lula, em entrevista à Radio Guaíba, do Rio Grande do Sul.
Lula também aproveitou a entrevista para declarar abertamente que será candidato à Presidência em 2018, pedir votos à população e dizer que não há plano B no PT. Nas últimas semanas, diante das acusações do empreiteiro Léo Pinheiro e de delatores da Odebrecht, o partido passou a fazer análises internas sem o seu líder máximo na disputa do próximo ano.
“Antes eu tinha dúvida, mas hoje eu tenho certeza: quero ser presidente outra vez. Vou pedir ao povo brasileiro a licença para votar em mim. Para mim, não tem plano B”, disse Lula, completando que está tranquilo de que não será impedido de concorrer. O ex-presidente é réu em cinco ações penais. Se ele for condenado em segunda instância até o ano que vem, ele fica enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
O ex-presidente também declarou apoio à greve geral, que acontece desde a manhã desta sexta-feira contra as reformas previdenciária e trabalhista, dizendo que ela é um “sucesso” e que pode levar os deputados a mudarem de opinião. Com ligação histórica com as centrais sindicais e movimentos de esquerda que convocaram a mobilização de hoje, Lula se empenhou em mostrar que é o homem”capaz de resolver a crise do país”. “Se tem uma coisa que eu entendo bem, é da alma do povo brasileiro”.
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