O
Ministério Público Federal (MPF) em Pau dos Ferros apresentou três
ações de improbidade e três ações penais contra a ex-prefeita de Água
Nova, Iliene Maria Ferreira de Carvalho Ribeiro. Ela foi denunciada à
Justiça por ter aplicado irregularmente recursos do Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE), do Programa de Farmácia Básica e do
Programa de Atenção Básica (PAB).
As ações são de
autoria do procurador da República Marcos de Jesus e, duas delas, que
tratam dos recursos do PNAE, também incluem como denunciada a então
presidente da Comissão Permanente de Licitação, Maria Ivânia Ferreira de
Carvalho Lima.
Em 2005, Iliene
e Maria Ivânia permitiram a contratação direta de empresas para
fornecer a merenda às escolas, com R$ 11.799 em recursos do Programa
Nacional de Alimentação Escolar. Não houve licitação e nem mesmo
procedimento formal de dispensa ou inexigibilidade.
A contratação
direta ilegal se repetiu com os recursos do Programa Farmácia Básica.
Entre 2005 e 2006, Iliene Maria também dispensou licitação para a
aquisição de medicamentos e insumos dentro do programa, envolvendo
repasses de R$ 48.755,02.
Outras duas
ações tratam da aplicação indevida de recursos do Programa de Atenção
Básica, voltado para a área de saúde e que deve ser aplicado em
iniciativas de prevenção, tratamento e reabilitação, mas sempre na
atenção básica. De 2005 até abril de 2006 a Prefeitura recebeu 14
parcelas de R$ 3.024,67 do PAB.
Um relatório de
fiscalização da Controladoria Geral da União (CGU) apontou que a então
prefeita repassou parte dos recursos para pagamento de procedimentos de
média e alta complexidade, que não fazem parte dos objetivos do PAB.
Esses procedimentos foram realizados, inclusive, em “instituições
privadas ou estabelecimentos de profissionais liberais”.
*Mossoró Hoje