Falta só um mês de prazo para estados e municípios elaborarem seus
planos de educação – conforme determina o Plano Nacional de Educação
(PNE) do Ministério da Educação (MEC), aprovado em junho de 2014 –, mas
até fevereiro deste ano apenas 55 dos 5.570 municípios brasileiros
tinham finalizado seus planos, bem como três dos 27 estados.
Entretanto,
a representante da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino
(Sase), do MEC, Flávia Maria de Barros Nogueira, acredita que a grande
maioria conseguirá cumprir a obrigação até final de maio.
“Temos
pouca governabilidade sobre os trâmites administrativos, mas é fato que a
grande maioria vai estar com o projeto de lei encaminhado. Não teremos
100% nessa condição, sabemos que alguns terão alguma dificuldade, e
trabalharemos intensamente com os que restarem para finalizar o
trabalho. O Ministério Público tem um plano de ação para localizar os
municípios e avaliar porque o prazo não foi cumprido e o que será feito
dali em diante”, disse Flávia Maria.
Segundo ela, a maior
preocupação é fazer com que todos os estados e municípios tenham planos
de educação, que mostrem viabilidade prática e tenham sentido e
condições de alterar a política educacional em seu campo de atuação.
“Nosso objetivo é mostrar que há uma mobilização nacional. Todo o MEC
está passando por um replanejamento, com todos os programas sendo
adequados ao PNE. Ou os municípios e estados compreendem que estamos em
um novo momento da educação, ou eles vão perder muito”, salientou.
Para
Flávia Maria, o ideal seria que o PNE orientasse os estados a fazerem
seus planos, observando os municípios. “Nós tivemos o PNE tramitando por
quatro anos, tivemos uma lentidão muito grande dos municípios para
perceber que o tempo depois da aprovação seria curto para fazer o
trabalho”, disse ela. De acordo com Flávia, a orientação é no sentido de
se tentar uma articulação entre e estados e municípios para que,
depois, o MEC possa fazer uma pactuação para a execução das metas.
Agência Brasil