O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou, na
noite de ontem (20), o pedido de liberdade de João Vaccari Neto. Preso em São
Paulo pela Polícia Federal, o tesoureiro afastado do PT foi levado para
Curitiba no dia 15 de abril, durante a 12ª etapa da Operação Lava Jato.
Ao analisar o pedido de
liminar, o desembargador federal João Paulo Gebran Neto, relator do caso da
operação Lava Jato no TRF4, entendeu que não existiu ilegalidade no decreto de
prisão que justifique sua revisão, antes do exame mais apurado do tribunal.
No
pedido dehabeas corpus, a
defesa de Vaccari alegou que a prisão foi feita com base em informações obtidas apenas por
declarações feitas em delação premiada, sem qualquer outra prova. Os
advogados acrescentaram que “a declaração por si só não tem força probatória”.
De acordo com a defesa, é necessário comprovar a versão do delator "para
que se possa produzir efeito jurídico penal contra alguém”.
“A
lei não estabelece que nível de prova dos pressupostos é necessário para
decretação da prisão cautelar, mas é certo que, em se tratando de decisão
proferida em cognição sumária, não é possível exigir prova cabal da
responsabilidade criminal”, destacou o desembargador, mantendo a prisão
preventiva decretada pela Justiça Federal no Paraná.
O
mérito do pedido dehabeas corpus,feito na sexta-feira (17) pela
defesa de Vaccari, será analisado pela 8ª Turma do TRF4. Ele é
acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com base em depoimentos de
delatores da Operação Lava Jato. Segundo os delatores, Vaccari intermediou
doações de propina em contratos com fornecedores da Petrobras e o dinheiro foi
usado para financiar campanhas políticas.
Agência Brasil