Maracujá,farinha de mandioca e batata inglesa também estão entre os itens que mais nflacionaram |
De
acordo com o último balanço do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo-15), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial em Fortaleza subiu
0,88% nos primeiros 15 dias de outubro, acumulando 4,86% no ano. No
mesmo período de setembro, a alta foi de 0,65%.
Levando
em consideração a inflação no acumulado do ano, o arroz apresentou alta
de 24,1% em relação a igual período de 2011 FOTO: MIGUEL PORTELAUm
dos itens mais importantes na lista de compras do fortalezense, arroz
teve seu preço elevado em 10,84% na Capital, nessa mesma comparação. Se
for levado em conta o acumulado do ano, esse aumento chega a 24,1%.
Outros produtos que tiveram destaque na inflação da primeira quinzena de
outubro ante setembro: maracujá (28,89%), batata inglesa (20,14%) e
farinha de mandioca (15,75%).
Resultados nacionais
Na
passagem do mês passado para o atual, a inflação acelerou em sete dos
nove grupos que compõem o IPCA-15. Apenas os grupos Despesas Pessoais e
Educação registraram taxas menores no período. A variação de Educação
saiu de 0,11% em setembro para 0,02% em outubro, enquanto o grupo
Despesas Pessoais passou de 0,57% para 0,15%, informou o IBGE.
Houve
alta na inflação de Alimentação e bebidas (de 1,08% para 1,56%, 11,9%
no arroz), Habitação (de 0,43% para 0,72%), Artigos de residência (de
0,19% para 0,26%), Vestuário (de 0,47% para 1,05%), Transportes (de
0,09% para 0,11%), Saúde e cuidados pessoais (de 0,37% para 0,42%) e
Comunicação (de 0,01% para 0,18%). No mês, os produtos não alimentícios
aumentaram 0,37%, acima da variação de 0,30% verificada em setembro.
A
inflação para o consumidor final calculada pelo IPCA-15 tende a seguir a
desaceleração demonstrada pelos indicadores de atacado da Fundação
Getúlio Vargas (FGV), a partir do fim de novembro. A projeção é do
economista da FGV André Braz, ao analisar a segunda prévia do Índice
Geral de Preços - Mercado (IGP-M), divulgada também ontem. O balanço,
que apresentou forte desaceleração da inflação - de 0,84% em setembro
para 0,15% em outubro - veio na contramão do IPCA-15, que acelerou de
0,48% para 0,65%.
O resultado do IGP-M foi influenciado por
recuos de preços no atacado, enquanto o IPCA-15 analisa, exclusivamente,
as variações de preços no varejo.
A principal influência para a
retração dos preços no atacado partiu da soja (de 4,56% para -5,56%).
Além disso, entre os alimentos, foram destaques os comportamentos de
preços do milho (de 1,44% para -3,91%) e das aves (de 6,19% para 1,84%).
Os produtos agrícolas e seus derivados, que determinaram a alta dos
indicadores de inflação no ano, neste mês estão com os preços caindo,
após a constatação de que a safra dos EUA foi acima do esperado.
No Brasil
11,9
por cento foi quanto subiu, em outubro, o preço do arroz em âmbito
nacional. A cidade com maior aumento, entre as que participaram da
pesquisa, foi Belo Horizonte (MG), com 16,9%
IGP-M desacelera para 0,15% na prévia
Rio.
A segunda prévia do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de
outubro subiu 0,15%, após avançar 0,84% em igual prévia do mesmo
indicador em setembro. O resultado, anunciado na manhã de ontem pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou abaixo do piso das projeções dos
analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam
elevação entre 0,16% e 0,59%, e se posicionou abaixo da mediana das
expectativas (0,27%).
A FGV informou ainda os resultados dos três
indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de outubro. O Índice
de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) subiu 0,01% nesta prévia, após
avançar 1,11% em igual prévia do mesmo índice em setembro. Por sua vez, o
Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) teve alta de 0,52% na segunda
prévia deste mês, em comparação com o aumento de 0,37% na segunda prévia
do mês passado. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
registrou taxa positiva de 0,21% na segunda prévia do indicador deste
mês, após registrar elevação de 0,14% na segunda prévia de setembro.
O
resultado acumulado do IGP-M é usado no cálculo de reajuste nos preços
dos aluguéis. Até a segunda prévia de outubro, o IGP-M acumula aumentos
de 7,25% no ano e de 7,65% em 12 meses. A coleta deste mês foi feita
entre os dias 21 de setembro e 10 de outubro.
Agropecuária
A
inflação agropecuária perdeu força em outubro. Os preços dos produtos
agrícolas no atacado caíram 0,4% na segunda prévia do IGP-M de ou
Fonte:
diariodonordeste.globo.com