O Conselho de Administração da Petrobras aprovou hoje (26), por unanimidade, o nome de Jean Paul Prates como conselheiro da empresa até a próxima assembleia geral de acionistas e o elegeu presidente da companhia, com mandato até 13 de abril deste ano, mesmo prazo dos demais integrantes da diretoria executiva.
Prates, que assume a presidência interina da Petrobras devido à renúncia de seu antecessor, Caio Paes de Andrade, indicado por Jair Bolsonaro, foi indicado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tomou posse como presidente e conselheiro de Administração nesta quinta-feira. Ele deverá ser efetivado no cargo pela assembleia geral de acionistas que se reunirá até o mês de abril, aprovando também a eleição dos conselheiros.
Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, os diretores da empresa foram eleitos pelo Conselho de Administração em abril de 2021, para um período de dois anos. Toda a diretoria, incluindo o presidente, termina o mandato na mesma data, o que explica porque o mandato de Prates também se encerrará em abril, quando ele deverá ser efetivado na presidência da empresa pela assembleia de acionistas. Cabe ao Conselho de Administração aprovar a eleição e a renovação da diretoria.
Formação
Jean
Paul Terra Prates tem 54 anos, é advogado, formado pela Universidade do Estado
do Rio de Janeiro, mestre em economia e gestão de petróleo, gás e motores pelo
Instituto Francês do Petróleo e mestre em política energética e gestão
ambiental pela Universidade da Pensilvânia.
Foi membro da assessoria jurídica da Petrobras Internacional S.A. (Braspetro),
editor da revista Oil &
Gas Journal Latinoamericana e diretor executivo da Expetro
Consultoria em Recursos Naturais Ltda., maior consultoria de petróleo nacional
durante os anos 1990 e 2000, quando coordenou projetos de diversas empresas
públicas e privadas, nacionais e internacionais, entidades sindicais e
setoriais, e assessorou governos, agências reguladoras e parlamentares em todas
as áreas do setor energético.
Como secretário de Energia do Rio Grande do Norte, Prates levou o estado à
autossuficiência energética e à liderança nacional em geração eólica, além de
ter consolidado uma refinaria e usinas termelétricas a gás e biomassa naquele
estado e construído bases para os projetos de energia solar e eólica offshore (no mar).
Marcos legais
Prates
foi pelo Rio Grande do Norte; presidente da Frente Parlamentar de Recursos
Naturais e Energia e do Grupo Parlamentar Brasil-Países Árabes. É autor de
importantes marcos legais envolvendo a transição energética e práticas
sustentáveis, entre as quais a lei que regulamenta as atividades de captura e
armazenamento de carbono e a lei da energia offshore e foi relator do Marco
Legal das Ferrovias, das novas leis sobre a produção de biogás em aterros
sanitários e da nova lei de mobilidade urbana sustentável.
Recentemente, Prates foi reconhecido como um dos três mais influentes nomes no
setor de energia renovável no Brasil e uma das 50 personalidades mais
importantes do setor energético mundial, pelas duas principais revistas
internacionais especializadas em energia, a europeia Recharge e a norte-americana Windpower. Também foi
eleito um dos 25 mais influentes nomes da indústria eólica mundial pela revista
Windpower.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário