A sexta edição da pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) para entender o panorama do enfrentamento da Covid-19 mostra que 869 Municípios ficaram sem vacina para aplicação da segunda dose no prazo estipulado pelo informe do imunizante. Já a oferta da primeira dose ao grupo prioritário ficou em falta para 673 Entes locais. A pesquisa ouviu 2.831 Municípios de todos os Estados entre os dias 26 e 29 de abril.
Outro ponto de alerta do estudo é em relação ao risco iminente de faltar medicamentos do chamado "kit intubação". O estudo mostra que essa ainda é uma preocupação para 641 Municípios. A pergunta vem sendo feita desde a primeira edição da pesquisa, realizada de 23 a 25 de março, quando 1.316 gestores locais afirmaram enfrentar esse risco. A CNM destaca que, apesar da queda, a situação ainda é crítica diante dos impactos que pode trazer ao tratamento das pessoas em estado grave. Nesta semana, a falta de oxigênio pode atingir 223 Municípios. Em março, esse número era 709.
Os temas vêm sendo levados ao governo federal pela CNM em reuniões com o Ministério da Saúde. Na semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou as ações da pasta para garantir o abastecimento do "kit intubação", como pregão internacional sem fixação de preços e doações por parte da iniciativa privada e da Espanha. No que se refere à falta de imunizantes para a segunda dose, o Ministério informou que adotará uma logística emergencial para normalizar a situação: o envio diário de parte de doses aos Municípios com falta do imunizante para completar o esquema vacinal. As doses antecipadas serão descontadas da remessa semanal destes Municípios.
Intubações
em UPAs
O atendimento de pacientes graves em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)
também foi levantado. Segundo a pesquisa, 119 Municípios têm pacientes nesses
estabelecimentos aguardando leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em
pelo menos 77 cidades, há pacientes intubados nas Unidades.
Repasses
fundo a fundo
Nesta semana, o levantamento também perguntou aos gestores se os recursos
financeiros para a Saúde (fundo a fundo) de 2021 eram maiores do que os
repassados pelo governo nos primeiros quatro meses do ano passado. Cerca de 57%
dos Municípios afirmaram que houve redução nos repasses. Já 17% apontaram um
aumento e 26% não souberam responder.
Reveja
as edições anteriores:
Edição 01: https://bit.ly/3uWHsUo, Edição 02: https://bit.ly/3do0sFd, Edição 03: https://bit.ly/3tr7630, Edição 04: https://bit.ly/2Q6oNGE, Edição 05: https://bit.ly/3tLTAHz
Da Agência CNM de Notícias
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