O
preço do botijão de gás de cozinha vendido no Rio Grande do Norte, que
atualmente custa entre R$ 50 e R$ 55, deverá subir a R$ 90 até abril de 2018. A
estimativa é do Sindicato dos Revendedores de Gás do estado. Já a partir desta
quarta-feira (6), quando passa a valer um aumento de 12,2% anunciado pela
Petrobras, os valores poderão ficar entre R$ 58 e R$ 65.
De acordo
com o presidente do Singás/RN, Francisco Correia, os reajustes para o
consumidor final serão maiores que os 12% anunciados porque setembro é o mês da
data-base dos trabalhadores do setor (renegociação dos salários), o que
normalmente provoca aumento. Com isso, o aumento total deverá ficar em 17%.
Entretanto,
de acordo com ele, a mudança ocorre principalmente por causa da atual política
da Petrobras. Correia argumenta que a estatal quer igualar o preço do produto
ao praticado na Europa, mas não leva em conta particularidades locais, como a
produção de gás no país e a realidade dos consumidores.
Nos últimos
dois meses, reajustes de 6,5% e 6,7% já tinham sido realizados. "Três
meses atrás o preço médio aqui no estado era de R$ 45", conta o
empresário.
A estimativa
do setor é que até abril o aumento total seja de 45%. "Não houve aumento
de insumo. A Petrobras está simplesmente igualando os preços ao praticado na
Europa e aumentando seu caixa", afirmou. "Nem leva em conta que temos
produção logo aqui, em Guamaré", reforça.
"Isso é
ruim para o consumidor e para nós também. O preço pode ficar até maior, porque
também existe aumento dos impostos", considerou o representante do
sindicato.
Ainda
segundo o sindicato, o preço só será reajustados nas revendedoras conforme o
estoque for renovado - processo que já começa nesta quarta-feira (6) vai até o
final da semana.
G1RN