Em sessão plenária no Senado, o potiguar Garibaldi Alves Filho (PMDB) discutiu com Renan Calheiros (PMDB-AL) acerca do fato de que o alagoano não seguiu a vontade da bancada do PMDB na hora de dar seu voto a favor da reforma trabalhista. Em resposta, Renan citou o primo de Garibaldi, ex-ministro do Turismo Henrique Alves, recentemente preso em desdobramento da Operação Lava Jato por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, como justificativa para o “estado de espírito” do senador do Rio Grande do Norte, o que iniciou um “bate boca” entre os dois parlamentares.
“Eu compreendo a provocação do senador Garibaldi. Não é a primeira vez e nem a última. Compreendo o estado de espírito do senador, estamos infelizmente, justa ou injustamente com a prisão do ex-presidente da Casa do Congresso Nacional, de integrar uma quadrilha”, exclamou Renan.
Visivelmente irritado, Garibaldi contestou: “Você não pode se referir ao ex-ministro Henrique Eduardo Alves desta maneira!”.
Antes da resposta de Renan, Garibaldi reiterava que, ao contrário do que havia exposto o senador de Alagoas, houve vários debates acerca da reforma trabalhista, o que não justificava uma suposta “falta de discussão” sobre a matéria que explicasse seu voto contrário.
“Vossa Excelência não está assumindo seus compromissos perante o que a bancada (do PMDB), decidiu quanto à reforma trabalhista. Liderança se conquista, não se impõe, não ameaça. Vossa Excelência está ameaçando substituir membros da Comissão de Justiça que pertencem ao PMDB, isso é um desrespeito aos compromissos de nossa bancada. Hoje temos uma situação muito grave no país e ela só será enfrentada se nos voltarmos para uma pauta que possa representar o futuro para o Brasil e debate não faltou”, disse Garibaldi.
Confira a discussão completa: