Secretaria
de Estado de Administração Penitenciária (Seap) confirmou que, ao todo,
seis detentos foram mortos dentro da Unidade Prisional do Puraquequara
(UPP), em Manaus, nesta sexta-feira (7). Equipes de grupos especiais da
Polícia Militar estão no local para reforçar a segurança.
Veja lista de presos assassinados.
- Janderson Araújo da Silva, (vulgo “Boca Rica”), da galeria 3, cela 8;
- Leonardo Almeida de Souza, da galeria 1, cela 6;
- Marcos Henrique Neves de Lima, da galeria 2, cela 6;
- Tiago de Araújo, da galeria 3, cela 3;
- Felipe Xavier Oliveira, da galeria 3, cela 3;
- Felipe Gonçalves Marques, da galeria 3, cela 5.
A
unidade fica localizada no km 2 do Ramal da Bela Vista, em Manaus. A
UPP abriga presos provisórios desde 2002 e tem capacidade para 626
internos. Entretanto, 1.286 estão alojados no presídio, segundo a Seap.
A razão dos crimes ainda não foi esclarecida. A Seap informou apenas que, das vítimas, uma foi enforcada e, a outra, decapitada.
A
Seap informou, por meio de nota, que não houve motim ou rebelião na
unidade, “tendo em vista que os internos não apresentaram oposição às
forças policiais, reivindicações e nem danos ao patrimônio público”.
A
Polícia Militar do Amazonas (PMAM) está no local realizando
procedimento de contagem de internos. A ação está sendo acompanhada pela
Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
Policiais
civis também estão na UPP, realizando as oitivas dos detentos que
residem nas celas onde ocorreram os crimes. Peritos do Instituto de
Criminalística (IC) realizam a perícia técnica na unidade prisional.
Do
lado de fora da unidade, familiares chegaram a fazer uma roda de
orações para pedir pela vida dos detentos. “Meu filho está preso aí por
ter assaltado. Nesse momento, eu fico desesperada como mãe aqui fora
esperando uma resposta do que aconteceu”, disse a mãe de um detento da
unidade prisional, que não quis ter o nome divulgado na reportagem.
Rebeliões e mortes
A UPP é uma das unidades onde ocorreram mortes de presos no começo do ano no Amazonas. Quatro foram assassinados no local. Ao todo, 65 presidiários morreram em unidades na capital e 225 fugiram.
A
matança nas cadeias teve início no Complexo Penitenciário Anísio Jobim
(Compaj) na tarde do dia 1º de janeiro e, conforme a Secretaria de
Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), houve uma briga entre facções. O
caso é considerado o “maior massacre” do sistema prisional do Amazonas.
65 foram mortos.
Após
os crimes, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM),
transferiu, emergencialmente, 284 presos para a então desativada Cadeia
Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus. Os presos
transferidos também se rebelaram e quatro foram mortos no local.
Familiares
fizeram orações em frente ao presídio, na tarde desta sexta-feira (7),
UPP, rebelião, morte, presídio.
G1 AM