Recebeu alta nesta quinta-feira (31) o segundo paciente que recebeu
um transplante de fígado no RN neste ano. Tendo realizado sua cirurgia
no dia 28 de setembro, o paciente se encontra em casa e passa pelo
processo de reabilitação com fisioterapia motora, bem como está sendo
remediado com imunossupressor, para evitar a rejeição ao órgão
transplantado.
Além desse paciente, a Secretaria de Estado da
Saúde Pública (Sesap), por meio da Central de Transplantes, realizou,
na última terça-feira (26), mais um transplante de fígado e o paciente,
que vem se recuperando bem, deverá ter alta na próxima semana.
De
acordo com a coordenadora da Central de Transplantes da Sesap, Artenise
Revoredo, o credenciamento do Hospital do Coração, em 28 de dezembro de
2012, possibilitou a realização de transplantes de fígado no estado, o
que não ocorria há quase cinco anos.
Além de fígado, a Central
de Transplantes do RN, criada em 2000, viabiliza transplantes de rim,
córnea, medula óssea e coração. A Central é responsável por inscrever
potenciais receptores, classificá-los e agrupá-los, de acordo com as
medidas necessárias para facilitar a localização e a verificação de
compatibilidade. Também comunica ao Sistema Nacional de Transplantes as
inscrições de possíveis receptores e recebe notificações de morte
encefálica ou outra que possibilite a retirada de órgãos e tecidos para
transplante.
Segundo Artenise Revoredo, outro importante trabalho
realizado é o de sensibilização das pessoas quanto ao processo de
doação de órgãos. No primeiro semestre de 2013, o índice de recusa
familiar foi de 57% no estado. “As pessoas precisam informar aos seus
familiares o desejo de ser um doador, pois eles são os responsáveis por
autorizar o ato. Doar significa dar uma nova vida a quem está precisando
de um órgão”, afirmou.
DADOS - Conforme dados do Registro
Brasileiro de Transplantes (RBT), no primeiro semestre de 2013, o Rio
Grande do Norte registrou um total de 48,6 potenciais doadores por
milhão da população (pmp), número superior à média do Brasil (44,3 pmp).
Já o número de doadores efetivos no estado foi de 13,9 pmp, enquanto
que no país foi de 13,3 pmp.
Além disso, no RN o número de
transplantes renais, nesse semestre, correspondeu a 17,7 pmp, o de
córneas a 55,6 pmp e o de medula a 16,4 pmp, o terceiro maior do Brasil.
Atualmente no Estado, além das duas pessoas que esperam por um
transplante de fígado, há 70 aguardando por rim e 84 por córnea.
Assessoria,