As forças de segurança e resgate concluíram, às 18h30 deste sábado (10/8), o trabalho de remoção das vítimas do acidente com a aeronave da Voepass, nessa sexta-feira (9), em Vinhedo (SP). Ao todo, os 62 corpos, sendo 34 masculinos e 28 femininos, foram resgatados e encaminhados para a unidade central do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo para a identificação e liberação às famílias.
Cerca de 50 profissionais estão envolvidos na operação, entre bombeiros e peritos. Ao final do trabalho, os profissionais vibraram com a finalização dentro do prazo estimado.
“A gente veio aqui só para acalentar os corações de todos que estavam em orações, aos familiares, amigos, população brasileira. O que era mais urgente, o que era nossa prioridade, foi cumprido”, disse a tenente Olivia Perroni, porta-voz do Corpo de Bombeiros de São Paulo.
“O trabalho de resgate dos corpos está encerrado com êxito, eficácia, rapidez, graças a logística e integração de vários órgãos que estão desde ontem aqui firmes e fortes na ocorrência.”
Em nota, o governo de SP confirmou que dos corpos já enviados ao IML, 30 foram necropsiados, planilhados e radiografados. “O IML Central conta com mais de 20 médicos, além de equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia. As demais ocorrências que seriam atendidas no local estão sendo direcionadas às unidades do IML nas zonas leste e oeste, que funcionarão 24 horas.”
Retirada dos corpos
Mesmo com tempo firme, os bombeiros tiveram dificuldade na parte final do resgate dos corpos. Os cadáveres dos passageiros que estavam mais próximos à cauda da aeronave foram os que mais sofreram com o impacto provocado pela queda do ATR-72. O avião despencou em parafuso, caindo por cerca de 4 mil metros em apenas um minuto. O final do avião é também o local onde as chamas ficaram concentradas, levando à carbonização dos corpos.
Identificação das vítimas
Familiares das vítimas do acidente aéreo com o avião da VoePass estão passando por uma triagem no Instituto Oscar Freire, na zona oeste da cidade, neste sábado (10/8), para fornecer informações que possam ajudar na identificação dos corpos.
O capitão Farina, da Defesa Civil de São Paulo, explica que o processo é importante para facilitar o reconhecimento das vítimas.
“Nós temos aqui as pessoas do Instituto Médico Legal (IML) que entrevistam os familiares buscando informações como, por exemplo, se já [a vítima] teve alguma fratura, se a pessoa tem alguma tatuagem, se tem algum problema ou, por exemplo, alguma prótese no corpo para tentar facilitar essa busca”, explica o capitão.
Os familiares também passam por uma coleta de DNA dos familiares. Nessa sexta-feira (9/8), o governador do Paraná Ratinho Júnior (PSD) afirmou que parte das famílias já tinha realizado a coleta do DNA no Aeroporto de Cascavel.
Segundo o porta-voz da Defesa Civil, todo o material e as informações repassadas pelas famílias são entregues ao IML, que compara os dados com os corpos que chegam para análise.
Os dois primeiros corpos identificados foram o do piloto Danilo Santos Romano, de 35 anos, e do copiloto Humberto Campos Alencar e Silva, de 61 anos.
Metropoles
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